O Grupo Volkswagen, não fosse ele o maior conglomerado europeu da indústria automóvel, é conhecido por produzir bons veículos, tanto com motores a combustão como os mais recentes, equipados com mecânicas electrificadas (PHEV) ou até mesmo 100% eléctricas. Mas o sistema de informação e entretenimento nunca foi muito popular junto dos clientes das marcas, que sempre acusaram o MIB3 de ser confuso, pouco funcional e dado a uma utilização menos satisfatória. Agora o CEO da VW, Thomas Schäfer, admitiu que as críticas têm fundamento, prometendo alterações.
Em entrevista à Car Magazine, Thomas Schäfer reconheceu que o sistema de infotainment MIB3 – que surgiu na mais recente geração do VW Golf, a oitava, e desde então na maioria dos modelos não só deste construtor, mas também das outras marcas do grupo – tinha erros de concepção e não funcionava como pretendido. O gestor admitiu que ouviram as críticas dos clientes e dos jornalistas, que acusavam o sistema de não ser suficientemente bom, exigindo que fosse rectificado.
Em causa estão pormenores mais simples de resolver, como a falta de iluminação nos comandos do ecrã central tipo sliders, que controlam o volume do rádio ou o aquecimento, para que sejam mais fáceis de encontrar pelo condutor, sem que este se veja obrigado a retirar a atenção da estrada. Já aqui tínhamos mencionado a decisão da VW de aceder aos pedidos dos clientes e optar pela troca dos botões capacitivos no volante por outros convencionais, o que deverá acontecer com a introdução de um novo tipo de volante, agendado para 2024. Outras alterações serão mais problemáticas, como por exemplo tornar o sistema mais eficiente e mais rápido, o que passará pela adopção de um novo software.
Schäfer anunciou que a marca vai lançar o novo software a partir deste Inverno e o novo hardware deverá surgir nos próximos 18 meses, com o gestor decidido a não repetir os erros do passado. Por isso mesmo, a administração vai reunir mensalmente para avaliar a evolução das soluções, bem como o resultado dos esforços dos técnicos da marca, realizando clínicas para testar e comparar soluções. E isto passará pelo recurso à montagem de botões físicos para acesso directo, com a marca a solicitar aos intervenientes nestes estudos que indiquem as 10 funções que os condutores usam mais frequentemente. Serão estas que estarão disponíveis através dos botões físicos. Resta saber quanto tempo mediará entre o arranque deste estudo e a disponibilidade de um novo sistema de infoentretenimento que seja mais funcional e eficaz.