Os construtores de automóveis tentam constantemente produzir soluções mais modernas e mais sofisticadas, seja para facilitar a vida aos condutores, seja por uma questão de imagem, por alegadamente possuírem um valor percebido superior. A Volkswagen, como o maior fabricante europeu, não está isenta desta necessidade de satisfazer a clientela, mesmo se por vezes se vê obrigada a fazer marcha-atrás em relação a algumas opções.

Os volantes dos automóveis modernos são cada vez mais complexos, com um conjunto de alavancas e botões através dos quais quem está ao volante pode controlar uma série de funções do veículo. Os botões exigem tradicionalmente que se carregue neles para activar a função correspondente, mas o fabricante germânico resolveu incluir, mesmo nos modelos mais acessíveis, os botões sensíveis ao toque (capacitivos) que já eram utilizados noutros topo de gama, em que basta apenas tocá-los ao de leve para atingir o mesmo resultado.

Para surpresa da marca, os clientes não apreciam os novos botões sofisticados e fizeram saber das suas preferências, indicando que era melhor regressar aos antigos. Daí que o responsável pela Volkswagen, Thomas Schäfer, tenha anunciado através do LinkedIn, que a marca iria trazer de volta os botões antigos. “Estamos a aperfeiçoar a nossa oferta e o nosso design, simultaneamente criando veículos que são mais fáceis e simples de operar”, afirmou Schäfer. “Por isso, vamos voltar a adoptar os botões tradicionais, de carregar, em vez dos novos sensíveis ao toque, uma vez que é isto que os clientes querem da VW”, concluiu o responsável.

Ao que parece, os botões sensíveis ao toque não são o único motivo de desagrado, a avaliar pelos comentários dos clientes à declaração de Schäfer no LinkedIn. Aí os utilizadores comentaram soluções de modelos de outras marcas do Grupo VW, como a Skoda, Seat e Cupra, que têm uns comandos tipo “sliders” para controlar a temperatura do habitáculo, que muitos condutores acham pouco práticos. Resta saber se também pormenores como este serão abandonados ou, então, trabalhados para se tornarem mais funcionais e fáceis de operar.

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