Um alerta meteorológico prevendo chuvas fortes na ilha italiana de Ischia, onde um deslizamento de terra fez no sábado 11 mortos e um desaparecido, levará esta sexta-feira à retirada de mil habitantes em zonas de risco.
“Mais de 1.000 pessoas serão retiradas de zonas de risco a partir das 16h00 (15h00 de Lisboa) desta tarde”, anunciou Giovanni Legnini, comissário especial para a proteção civil da ilha, nomeado pelo governo após o deslizamento de terra causado por chuvas torrenciais na pequena cidade de Casamicciola Terme.
A comissária encarregada de administrar essa localidade de 8.000 habitantes, Simoneta Calcaterra, que substitui desde junho a assembleia municipal e o presidente da câmara demissionários, precisou que todas as pessoas dali retiradas serão instaladas em hotéis da ilha, situada perto de Capri, na baía de Nápoles.
Calcaterra instou igualmente os habitantes da estância termal a não utilizarem os seus veículos particulares, mas os autocarros colocados à sua disposição.
Segundo um responsável da proteção civil local, as previsões meteorológicas anunciam entre 40 e 50 milímetros (mm) de chuva para esta sexta, depois dos 100 mm que caíram naquela área a 26 de novembro, dia da catástrofe.
O alerta meteorológico de nível amarelo, o mais baixo, foi emitido com uma duração de três dias, por enquanto.
O desastre de sábado passado foi causado por uma combinação de vários fatores: precipitação forte, solos instáveis, desmatamento e construção imobiliária excessiva, além de falta de manutenção e de prevenção.
Após a tragédia, o governo declarou o estado de emergência na ilha de Ischia, um estatuto que prevê procedimentos acelerados para mobilizar fundos e meios, entre os quais os da proteção civil, para intervenções urgentes ou instalação de estruturas de acolhimento.