Depois de o Ministério Público (MP) ter arquivado a queixa, e após a Relação de Lisboa ter dado igual nega à acusação particular, José Sócrates teve uma terceira derrota no Supremo Tribunal de Justiça sobre a sua queixa contra o juiz Carlos Alexandre e uma funcionária do Tribunal Central de Instrução Criminal por alegadas irregularidades na distribuição dos autos da Operação Marquês a Alexandre, noticiou a CNN Portugal e confirmou o Observador.

Estava em causa uma queixa do ex-primeiro-ministro, segundo a qual a o juiz Carlos Alexandre e uma funcionária do Ticão terão alegadamente agido “em conluio” para fazer com que aquele magistrado ficasse com os autos da Operação Marquês. Tudo, dizia Sócrates, pela “carreira, vaidade” e pelo “gosto de ter poder” — imputações feitas a Carlos Alexandre pelo ex-primeiro-ministro.

Ora, conselheiros Helena Moniz, António Gama e João Guerra rejeitaram tais argumentos e concordaram “em negar provimento ao recurso interposto” por Sócrates e em manter “integralmente a decisão recorrida” da Relação de Lisboa, lê-se no acórdão a que o Observador teve acesso.

Sócrates perde mais uma batalha contra o juiz Carlos Alexandre. Mas a guerra ainda não acabou

Ou seja, apesar de o sorteio ter sido manual (e não eletrónico), tal não significa que tenha ocorrido qualquer manipulação na distribuição em 2014 que levou a que os autos do inquérito fossem titulados pelo juiz de instrução Carlos Alexandre.

Recorde-se que o inquérito no MP nasceu de uma comunicação do juiz Ivo Rosa, que ficou como titular dos autos quando se iniciou a fase de instrução criminal requerida por Sócrates e outros arguidos. Contudo, o MP não encontrou qualquer indício da prática de irregularidade ou de crime por parte de Carlos Alexandre.

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