O porto das Lajes das Flores vai permanecer encerrado devido às condições meteorológicas nos Açores e até que seja realizada “uma breve inspeção”, já que o local foi afetado pelo mau tempo, disse esta domingo à Lusa a autoridade marítima.

O capitão do Porto de Santa Cruz das Flores, João Manuel Mendes Cabeças, explicou à agência Lusa que a infraestrutura portuária está encerrada desde sábado à navegação, “devido ao mau tempo”, mas a forte agitação marítima “fez com que fossem arremessadas”, para o interior da baía do porto, “pedras que constituíam o antigo quebra-mar”.

“Por questões de segurança, mergulhadores vão realizar uma breve inspeção junto à nova ponte-cais para ver se não há nenhum obstáculo à navegação”, acrescentou ainda.

O molhe do porto das Flores, o único porto comercial da ilha, ficou destruído na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, originando constrangimentos no abastecimento à população.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em 21 de outubro a operacionalidade do Porto das Lajes das Flores foi reposta com a primeira atracação do navio “Monte da Guia” na nova ponte-cais, entretanto construída.

Na ocasião, a empresa Portos dos Açores, responsável pela gestão portuária na região, lembrou que a conclusão da nova ponte-cais integra uma “fase intermédia” da empreitada de construção do novo molhe principal do porto, que tem “elevada complexidade técnica e permanente exposição às desafiantes” condições atmosféricas.

De acordo com a empresa, o projeto do porto para repor “definitivamente” a capacidade portuária da infraestrutura das Lajes das Flores tem previsão de lançamento de procedimento concursal “no primeiro trimestre de 2023” e a obra deverá ficar concluída “até final de 2028”.

Em julho, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) indicou que o projeto de reordenamento e de construção do novo molhe principal do porto das Lajes das Flores permitirá triplicar a capacidade de acostagem e assegurar novas condições de operacionalidade.

Segundo o executivo açoriano, o projeto de reordenamento do porto e de construção do novo molhe “permitirá praticamente triplicar a capacidade de acostagem”.