A noite desta segunda-feira previa-se perigosa e complicada, mas os alertas elevados da Proteção Civil face às previsões de chuva intensa e possibilidade de inundações não mereceram grandes preocupações ou registo ocorrências. “Até às 23h tivemos poucas saídas e apenas situações ligeiras como quedas de painéis publicitários ou ramos de árvores devido ao vento”, afirmou ao Observador o comandante Carlos Marques dos Bombeiros Sapadores do Porto e coordenador do Serviço Municipal da Proteção Civil.

A autarquia reforçou as equipas no terreno e até o serviço de desobstrução dos coletores de águas pluviais, uma vez que são elas que podem provocar inundações nas zonas mais baixas, mas tal não for necessário. “A chuva será dispersa e não concentrada num curto período de tempo, cairá com mais intensidade entre as 2h e as 6h.”

A zona da Ribeira, uma das mais críticas em noites de tempestade assim como a marginal da Foz, estava calma ao início da noite, a maioria dos restaurantes encontravam-se encerrados por ser dia de descanso, as esplanadas foram recolhidas e até as colunas das esplanadas dos hotéis com música natalícia se fazia ouvir perante o silêncio. Os turistas passeavam para fotografar a paisagem e houve quem passeasse o cão ou chamasse mesmo um táxi a poucos metros do rio. “A gestão dos caudais está a ser boa, estamos atentos à bacia hidrográfica do Douro, mas para já o alerta permanece apenas amarelo”, sublinhou ao Observador Marco Martins, presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto.

Já em Miragaia, onde em dezembro de 2019 a água do Douro chegou a subir 80 centímetros porque as habitações e os espaços comerciais se situam numa quota mais baixa, o silêncio continuou a imperar entre carros estacionados, autocarros a abrandar e muitas portas fechadas.

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