A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili foi ouvida esta quinta-feira em tribunal, depois de ter sido detida a 9 de dezembro por suspeitas de corrupção no caso que ficou conhecido como Qatargate. A defesa pediu que Kaili ficasse com pulseira eletrónica até ao julgamento, mas o juiz decretou que deve permanecer em prisão preventiva.
Eva Kaili confessa que sabia que tinha muito dinheiro em casa, mas nega ter sido corrompida
A audiência esteve marcada para o dia 14 de dezembro, mas foi adiada para esta quinta-feira. Segundo o DW, na sessão, que decorreu à porta fechada, o juiz decidiu que Eva Kaili irá permanecer detida durante mais um mês, enquanto prossegue a investigação. Os procuradores indicaram que a ex-vice-presidente do Parlamento Europeu tem um prazo de 24 horas para recorrer da decisão.
Em declarações esta manhã, um dos advogados de Kaili afirmou que deveria ver as medidas de coação atenuadas, passando assim para vigilância com pulseira eletrónica até ao início do julgamento. “A situação é difícil, mas temos argumentos legais muito fortes para libertá-la”, disse Michalis Dimitrakopoulos, citado pela AFP. O advogado acrescentou que “não existe um risco de fuga e não está em posição de destruir evidências”.
Pedimos que passe para o regime de vigilância com pulseira eletrónica.”
O advogado da eurodeputada grega sublinhou ainda que a ex-vice-presidente “está a colaborar na investigação de forma ativa e contesta todas as acusações de corrupção”. Na mesma altura, também outro dos advogados, Andre Risopoulos voltou a falar sobre a inocência de Eva Kaili: “Nunca aceitou ser corrompida”.
Também esta semana, Eva Kaili admitiu ter recebido subornos do Qatar, sabendo da existência de elevadas quantias de dinheiro em sua casa. No entanto, nunca admitiu ter sido corrompida.