A greve dos trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP) suprimiu esta segunda-feira, até às 18h00, 726 comboios, sobretudo urbanos de Lisboa e regionais e inter-regionais, segundo um balanço feito pela empresa de transporte ferroviário.
“Circularam 240 comboios. Estavam programados 966, foram suprimidos 726″, indicou fonte oficial da CP, em resposta à Lusa.
Segundo a empresa, os cerca de 25% que se realizaram correspondem aos serviços mínimos.
Dos comboios suprimidos, 43 são de longo curso, 194 regionais e inter-regionais, 353 urbanos de Lisboa e 136 urbanos do Porto.
Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da IP cumprem esta segunda-feira o último de dois dias de greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.
Uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP convocou uma greve para os dias 23 e 26 de dezembro, exigindo um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores“.
A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.
O pré-aviso previa uma paralisação de 24 horas para os dias 23 de dezembro e para esta segunda-feira previa ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00h00 de 23/12 às 24:00 de 2 de janeiro de 2023″.
Foram definidos serviços mínimos de 25% dos comboios, que, segundo a CP, concentram-se no início e no final do dia, as chamadas “horas de ponta”.