A Câmara Municipal de Lisboa comprometeu-se a encontrar uma morada provisória para a instalação do Hot Clube de Portugal (HCP) até 19 de março, disse a presidente da instituição à Lusa, após reunião com a autarquia.
Segundo a presidente do HCP, Inês Homem Cunha, a câmara já “sinalizou” alguns espaços onde o HCP pode funcionar provisoriamente, sem adiantar onde, mas a perspetiva é que a instituição volte a abrir portas, em definitivo, no seu local histórico, na Praça da Alegria.
A Câmara Municipal de Lisboa revelou a sua preocupação com as condições de segurança do edifício onde funcionava o HCP, não tendo adiantado qual o seu futuro.
Câmara de Lisboa alega que “atividade inerente” ao Hot Clube pode pôr em causa estrutura
Inês Homem Cunha realçou que “a câmara se comprometeu a apoiar ativamente, através da Direção Municipal da Cultura e da Empresa de Gestão e Animação Cultural (EGEAC), nas celebrações dos 75 anos do HCP”.
O mais antigo clube de jazz europeu em atividade foi fundado oficialmente a 19 de março de 1948, quando Luiz Villas-Boas, melómano e seu fundador, preencheu a ficha de sócio número um – ficha que se mantém no património da instituição.
Hot Clube de Portugal encerrado por decisão da Câmara Municipal de Lisboa
A par do clube e da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, parte do trabalho do Hot passa também pelo núcleo museológico, assente sobretudo no espólio deixado pelo fundador, que morreu em 1999.
O HCP funcionou sempre na Praça da Alegria, anteriormente no n.º 39, edifício que ardeu e 2009, tendo depois passado para o n.º 48, que ficou interditado na passada quarta-feira por ordem camarária, justificada por “questões estruturais”.