Era o 17.º clássico apenas nos últimos dois anos, não se poderia propriamente dizer que fosse apenas mais um clássico. Os encontros entre FC Porto e Benfica têm sido mais frequentes do que é habitual, não só pela introdução do playoff para decidir o Campeonato mas também pelo número de finais entre ambos, mas há sempre algo como objetivo além de bater um rival. Neste caso, era um encontro no Dragão Arena que valia liderança isolada e na antecâmara de duelos de ambos os conjuntos frente a outro candidato, o Sporting.

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“Os clássicos são todos especiais. O facto de abrirmos este novo ano em casa com um grande jogo pode ser um fator extra de motivação, não só para este jogo mas também para o resto do ano, que se avizinha difícil. Estamos preparados e queremos ganhar, pois quem joga neste clube sabe o que representa um jogo destes. Sabemos que do outro lado está uma equipa bastante forte e que tem as suas armas, por isso vamos tentar contrariar isso. De qualquer forma, o jogo passará mais pela nossa prestação e, se estivermos ao nosso melhor nível, acredito que vamos ganhar. É também importante pois queremos estar em primeiro durante o Campeonato todo e fechar a fase regular na liderança”, comentara o portista Rafa no lançamento da partida.

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“Vamos ter de perceber os momentos em que o FC Porto tem ascendente no desafio, temos de saber o que fazer e também tirar proveito da profundidade, que podemos atacar quando isso acontecer. O Benfica está a preparar-se para o processo, que se quer que tenha uma consequência positiva no desfecho do clássico. Sabemos que vai ser um jogo difícil, como de resto têm sido todos os encontros. Não há jogos fáceis e o Campeonato tem sido demonstração disso mesmo. Queremos dar continuidade ao nosso crescimento e à nossa qualidade, vamos ser colocados à prova num dos sítios mais difíceis de jogar. Vais ser mais um bom desafio para nós”, destacara na antevisão do clássico o treinador dos encarnados, Nuno Resende.

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Depois de um passado repleto de duelos diretos, como a última final do playoff que terminou com vitória dos azuis e brancos na “negra”, FC Porto e Benfica encontravam-se pela primeira vez neste Campeonato depois do triunfo dos dragões na final da Elite Cup (4-1) e da vitória das águias na final da Supertaça (4-2). Era quase um clássico do desempate a abrir 2023 e acabou por cair para a equipa da casa, num triunfo que vale ao FC Porto a liderança isolada do Campeonato a quatro dias de jogar no Pavilhão João Rocha e que aumenta para seis o número de triunfos consecutivos dos azuis e brancos em casa frente ao Benfica.

À semelhança do que tinha acontecido na maioria dos clássicos no Dragão Arena, o FC Porto teve a habitual entrada muito forte e conseguiu inaugurar o marcador logo no segundo minuto por Rafa, a aproveitar um lance confuso na área para fazer o desvio final. Bernardo Mendes, guarda-redes que rendia o castigado Pedro Henriques na baliza dos encarnados, mostraria depois que esse lance não iria afetar a boa exibição nesta chamada à titularidade e seria o homólogo portista, Xavi Malián, a encher a baliza dos azuis e brancos perante várias tentativas dos visitantes para chegarem ao empate sempre travadas pelo espanhol.

Ricardo Ares sabia que se o FC Porto não tivesse uma reação era o Benfica que andava mais perto de fazer o empate perante o que se tinha passado nos minutos que antecederam o intervalo e a reentrada acabou por mostrar a melhor face dos dragões com Carlo Di Benedetto a aumentar a vantagem para 2-0 (29′), Mena a ficar por mais do que um vez próximo do terceiro e o francês a bisar na sequência de um livre com desvio em cima de Bernardo Mendes (39′). O encontro estava a entrar numa zona de conforto e os encarnados não conseguiram “forçar” a décima falta dos azuis e brancos, já depois de Gonçalo Alves ter falhado um livre direto. A história da partida estava em definitivo escrita também para um Benfica que ficou muito aquém do habitual rendimento sobretudo no ataque, terminando pela primeira vez esta época em branco.