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Vem aí a depressão Hannelore. Será chuva e vento de pouca dura, mas a temperatura vai subir até sábado

Este artigo tem mais de 1 ano

Frio vai dar tréguas por algumas horas com temperaturas 5ºC acima do que se tem registado. Mas depressão Hannelore vai provocar e chuva e vento até à manhã de sexta-feira, sobretudo até Lisboa.

Os efeitos em Portugal serão "de raspão" e provavelmente só se farão sentir até Lisboa
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Os efeitos em Portugal serão "de raspão" e provavelmente só se farão sentir até Lisboa

Windy

Os efeitos em Portugal serão "de raspão" e provavelmente só se farão sentir até Lisboa

Windy

É um daqueles casos em que podíamos perguntar se prefere ouvir primeiro as boas ou as más notícias. Na falta de um consenso, sumariza-se tudo numa frase: vem aí chuva e vento, mas vai ser durante pouco tempo e a temperatura, apesar de tudo, vai subir.

É o resultado da passagem de uma depressão por cima de Portugal Continental: Hannelore, uma região de baixa pressão atmosférica que está a atravessar o oceano Atlântico em direção ao país mas que, depois de passar pelos Açores, transportará consigo uma massa de ar mais quente.

A chuva (à esquerda) e as temperaturas (à direita) expectáveis às duas da manhã de sexta-feira

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) avisou sobre a chegada da depressão esta quinta-feira em comunicado: “O estado do tempo em Portugal continental não será influenciado de forma significativa pela depressão”, sublinhou, mas “terá uma ondulação frontal associada que irá condicionar o estado do tempo no território do continente“.

Em declarações ao Observador, o meteorologista Mário Marques, fundador da Planoclima, explicou que os efeitos em Portugal serão “de raspão” e provavelmente só se farão sentir até Lisboa. A depressão vai entrar no país por Viana do Castelo e percorrer o território até Lisboa. Os verdadeiros afetados serão os britânicos e os franceses.

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A chuva vai começar já esta quinta-feira, por volta da hora de jantar, e permanecer ao longo da madrugada até às primeiras horas da manhã. De acordo com o IPMA, nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela a chuva poderá mesmo ser “persistente e temporariamente mais intensa” no Minho e regiões montanhosas. O vento também vai intensificar a partir desta quinta-feira: deve rondar os 40km/h, com rajadas até aos 65km/h, no litoral a norte do Cabo Raso. Nas terras altas, as rajadas poderão atingir os 80km/h.

Mas as temperaturas (as mínimas e as máximas, mas sobretudo as primeiras) vão subir entre 2ºC e 5ºC em todo o país à conta de um “setor de ar mais quente associado à ondulação frontal” — a tal massa de ar mais quente que a depressão vai varrer para cima de Portugal. Com o amanhecer de sexta-feira, o tempo vai aliviar: “Vai ficar um dia muito bonito, de norte para sul”, descreveu Mário Marques. “Vai ser um daqueles dias em que se está bem ao sol, mas se tem frio à sombra”, concretizou.

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A partir de sábado, no entanto, regressa o frio. O anticiclone dos Açores vai viajar para leste e aproximar-se de Portugal Continental, parando depois entre os Açores, a Península Ibérica e a Irlanda. Os movimentos anticiclónicos vai injetar para o país ventos de leste que vão entrar por Espanha depois de terem passado por Inglaterra e pela Europa Central — e a sabedoria popular diz-nos o que esperar de ventos vindos de leste e de Espanha.

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