A Polónia pode tomar medidas fora do usual. O aviso é do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Paweł Jabłoński que falava sobre a indecisão alemã em dar luz verde para os tanques Leopard 2 seguirem para a Ucrânia.
Durante uma entrevista à rádio polaca RMF FM, Jabłoński foi claro sobre o que a Polónia fará se a Alemanha se opuser ao envio dos tanques: “Se houver forte resistência, estaremos prontos para tomar ações fora do usual, mesmo que alguém se ofenda com isso, mas não vamos antecipar-nos aos factos. Vamos tentar garantir que o maior número possível de países, juntamente connosco, tem um impacto efetivo na Alemanha.”
No Twitter, a rádio publicou uma outra declaração do governante: “No momento, estamos a tentar convencer os alemães não apenas a concordar, mas também a doarem os seus tanques.”
???? @paweljabIonski (wiceszef @MSZ_RP) w RMF24 o 7:07 o tym, że Niemcy się nie zgodzą na przekazanie Leopardów: Na ten moment staramy się doprowadzić do tego, żeby nie tylko Niemcy przekonać do tego, żeby się zgodzili ale również przekazali swoje czołgi
— Fakty RMF FM (@RMF24pl) January 20, 2023
Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro da Polónia, já tinha dado sinais nesse sentido quando, na quinta-feira, afirmou que poderia enviar os tanques sem a aprovação alemã. Os Leopard 2 são fabricados na Alemanha e, por isso, há restrições sobre a sua reexportação.
“O consentimento é de importância secundária, ou obtemos esse consentimento rapidamente ou faremos o que for necessário”, assegurou Morawiecki.
Sobre as reticências alemãs, Jabłoński respondeu que “é disso que trata a diplomacia”. Quando os aliados não querem “realizar certas ações, se forem submetidos a vários tipos de persuasão, pressão, às vezes podem mudar de ideia.”