E vão 15. Com a vitória deste sábado no Estádio D. Afonso Henriques, contra o V. Guimarães, o FC Porto chegou aos 15 jogos consecutivos sem perder entre Liga dos Campeões, Primeira Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga. Ou seja, em resumo, não perde desde que foi derrotado pelo Benfica no Dragão no final de outubro. 

O Sérgio já lá estava e João Mário só teve de levar o brilhozinho nos olhos (a crónica do V. Guimarães-FC Porto)

Com o triunfo tangencial garantido por um golo solitário de João Mário, que se estreou a marcar esta temporada e não marcava há 20 meses, o FC Porto voltou a ganhar pela margem mínima fora de casa — algo que não acontecia desde a 2.ª jornada, quando os dragões conquistaram um triunfo em Vizela já no período de descontos. Com este resultado, a equipa de Sérgio Conceição respondeu às vitórias de Benfica, Sp. Braga e Sporting e manteve as distâncias para encarnados e minhotos, continuando a cinco pontos da liderança e a um do segundo lugar.

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Após o apito final, na zona de entrevistas rápidas, o treinador dos dragões analisou um jogo “historicamente difícil”. “O V. Guimarães tem sempre equipas competitivas, o ambiente no estádio é difícil. Devíamos ter sido mais eficazes em termos ofensivos, se definíssemos melhor nas oportunidades que tivemos. Podíamos ter feito um segundo golo, pelo menos. Depois há um bola parada, um lance confuso que pode causar um dissabor. Criámos, controlámos o jogo, mas o V. Guimarães não fez nenhum remate enquadrado. Foi um jogo competente, por vezes com alguns momentos que não queríamos, porque não estivemos tão bem na zona de definição. Valeu pelo espírito, pela atitude muito positiva. Às vezes não se ganha com nota artística, é assim”, começou por dizer Sérgio Conceição, detalhando depois o que disse a Toni Martínez quando pensou substituir o avançado espanhol ainda na primeira parte, acabando por mudar de ideias e mantê-lo em campo.

“Tem a ver com pequenos pormenores que me saltam à vista, que normalmente peço aos jogadores. São coisas que acontecem no jogo, é o momento. Irrito-me. Ainda bem que o árbitro não pensou que era para ele. Se não, estava sujeito a levar amarelo. É a minha forma de viver o jogo. Gesticulando, falando muito com os jogadores. Faz parte do meu caráter”, acrescentou o técnico.

Já João Mário, que fez o único golo do jogo já em cima do intervalo, mostrou-se satisfeito com o “primeiro golo da época”. “Fico feliz por ajudar a equipa, são mais três pontos na nossa caminhada. O importante foi a vitória, apesar de terem existido momentos em que não estivemos por cima do jogo. Mas isso é normal. Agora é continuar para conseguirmos o nosso objetivo. Os jogos são sempre difíceis aqui em Guimarães, até pelo ambiente do estádio. Tivemos sempre o controlo do jogo, tivemos mais oportunidades de golo e podíamos ter matado o jogo na segunda parte”, explicou o lateral português.

Sobre o golo, João Mário revelou que foi um “momento de inspiração”. “Apanhei a bola a ressaltar dentro da área e tentei tirar o defesa da frente. Fico feliz por ajudar a equipa e isso é o mais importante. Taça da Liga? Esta equipa luta sempre por títulos. A Taça da Liga é mais um. É um título que ainda não ganhámos e essa é uma motivação extra para quarta-feira [meia-final contra o Académico de Viseu], para ganhar esse jogo”, terminou o jovem jogador dos dragões.