“Dou o corpo às balas.” O presidente da Câmara de Lisboa garantiu, esta quinta-feira, que “assume as responsabilidades” dos custos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Carlos Moedas pediu “ambição” e lembrou que Lisboa nunca acolheu um evento tão “extraordinário” como este. Mas deixou uma garantia: o montante estipulado de 35 milhões de euros não será ultrapassado.

Em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas disse ser alguém que “executa” e prometeu aos lisboetas que “vai estar tudo pronto” no início de agosto. Mais uma vez, o autarca recordou a grandeza do evento. “Mais de 190 países vão estar a olhar para Portugal. Naquele momento, Lisboa vai ser o centro do mundo”, enfatizou.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre a polémica em torno da JMJ.

O atraso, o custo e a polémica em torno da JMJ

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Nunca respondendo à questão sobre se o altar-palco de 4,2 milhões de euros será reformulado, Carlos Moedas sinalizou que o projeto está “sempre a evoluir”. Ainda assim, após os pedidos de Marcelo Rebelo de Sousa que quer um palco mais pequeno, o autarca garante que cumprirá com “tudo o que for vontade do Presidente da República ou da Igreja”.

No entanto, Carlos Moedas, que está “muito bem com a sua consciência”, salientou que faltam 186 dias para o evento e a margem poderá ser pequena para eventuais alterações. Contudo, o autarca assegurou que o valor que a autarquia investirá na JMJ não superará os 35 milhões de euros estipulados: “A minha preocupação com custos é total”.

Relativamente às declarações do coordenador do grupo de projeto de preparação da Jornada Mundial da Juventude que apresentou um alegado projeto que custava menos dois milhões de euros, Carlos Moedas disparou que José Sá Fernandes “não está informado” e está “alheado da realidade”. “Não conheço esse projeto”, garantiu.

Aumentar pala do altar-palco custou mais dois milhões de euros, refere Sá Fernandes. Moedas diz “desconhecer” projeto

Apesar de ter ressalvado que não entrar nesta “polémica”, Carlos Moedas sublinhou que “é muito triste” que José Sá Fernandes venha a público divulgar dados “errados”.

Ao seu antecessor, Fernando Medina, Carlos Moedas também mandou farpas. “Eu chego a presidente da câmara, não tenho nada feito, estou a fazer para o bem de Lisboa e Portugal”, disse, acrescentando que quando tomou posse não “tinha absolutamente nada feito”. “Tenho agora de acelerar e fazer.”

“Não vou falhar neste evento tão importante com um grande retorno”, prometeu Carlos Moedas, que até reconheceu que compreende as “polémicas” associadas com os custos da JMJ. Mas logo a seguir deixa uma promessa: no dia em que começar o evento, o autarca acredita que todos vão ficar “muito orgulhosos”.