Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, assegura que o acordo dos Açores não se repetirá e que no futuro o partido só aceita entendimentos nos quais tenha um lugar no governo, seja nas regiões autónomas, seja em Portugal continental.

Em entrevista ao Observador, a partir da 5.ª Convenção do Chega, em Santarém, Pedro Pinto foi taxativo: “Passado um ano e meio dessas eleições, percebemos que houve erros que não podem ser repetidos no futuro. Foi um erro não entrar no Governo nos Açores e não se voltará a cometer esse erro”.

O deputado, que cessa este fim de semana as funções de secretário-geral (por imposição dos estatutos primordiais do Chega), não tem dúvidas sobre a “força” com que o Chega vai entrar no Parlamento regional da Madeira, especialmente porque existe “uma tentativa de rutura com o PSD”.

“As pessoas estão fartas do nepotismo”, afirmou, assegurando que o Chega também não entrará “numa solução governativa sem entrar no Governo da Madeira”. O combate à corrupção é uma das “bandeiras” de que o Chega não abdica, garantiu ainda Pedro Pinto.

Relativamente às eleições europeias, o líder parlamentar não avançou qualquer nome, mas deu como certo que André Ventura não irá para Bruxelas: “Faz falta aqui, ao pé de nós.”

Ainda questionado sobre a saída de Nuno Afonso e a inexistência de oposição interna, Pedro Pinto respondeu com uma pergunta: “Acha que o Nuno Afonso foi alguma vez oposição a Ventura? É um fait divers falar de oposição no Chega”, disse Pedro Pinto, que recusou que este seja “um partido de um homem só”. “É um partido de um homem único.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR