(Em atualização)
A Casa T, casa de acolhimento para pessoas trans estrangeiras, informou nas redes sociais que a atriz trans Keyla Brasil, que esteve desaparecida desde sexta-feira, “foi encontrada e já está em segurança”. O alerta foi partilhado nas redes sociais durante a madrugada deste domingo, também pela Casa T. Ainda antes desta informação ser tornada pública, ao Observador, a PSP confirmou esta segunda-feira ter “conhecimento da denúncia de desaparecimento” de Keyla Brasil.
O Observador apurou que a direção nacional da PJ já teria determinado, igualmente esta segunda-feira, que uma equipa pusesse em marcha algumas diligências, nomeadamente o contacto com a PSP para que se apure se aquela polícia tem algum tipo de indício de crime relacionado com o desaparecimento. O objetivo seria o de perceber se a investigação deveria passar para a Judiciária, que até ao momento não teria recebido qualquer denúncia ou queixa relacionada com o caso, apurou o Observador.
O primeiro alerta da Casa T foi feito pelo Instagram, por volta das 2 da manhã de sábado para domingo. Nele lia-se que na passada sexta-feira pelas 16h00, Keyla Brasil “saiu de Tábua, arredores de Coimbra, em direção a Lisboa e está incomunicável desde então”. Por isso pedia que “se alguém esteve em contacto com ela depois desse horário ou está em contacto com ela agora, por favor, comuniquem a Casa T”.
Uma nova publicação feita por volta do meio-dia deste domingo, informava que a artista ainda estava desaparecida: “Assim que tivermos notícias da Keyla iremos repassar, mas por enquanto continuamos à procura dela”.
Em vídeos publicados no Instagram, Keyla Brasil tinha revelado estar a receber “mensagens agressivas e violentas” depois do protesto, incluindo ameaças de morte. Foi por isso que, conta, se refugiou em Tábua, distrito de Coimbra. Mas desde então está incontactável.
Keyla Brasil ganhou visibilidade quando interrompeu a peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, no Teatro São Luiz, para protestar contra a falta de representatividade de atores transgénero. Em concreto, contestava que a personagem trans Lola fosse representada por um ator não trans, André Patrício (que foi substituído após o protesto pela atriz trans Maria João Vaz). No elenco já constava uma atriz trans, Gaya de Medeiros.
Atriz e prostituta travesti interrompe peça “Tudo Sobre a Minha Mãe” em protesto pela inclusão trans