Carlos III terá pedido ao arcebispo da Cantuária, Justin Welby, para mediar um acordo entre os príncipes William e Harry que permita aos duques de Sussex estarem presente na coroação  marcada para 6 de maio, segundo avança o Telegraph.

Foi Welby quem casou Harry e Meghan na Capela de St. George, em Windsor, em 2018. Fontes reais asseguraram ao jornal britânico que o arcebispo é “muito próximo” do casal e fala com eles regularmente por telefone. Será também “muito favorável à sua situação”. Justin Welby também fez o funeral de Isabel II em setembro de 2022.

Os últimos dois meses foram particularmente tensos para a relação entre os duques de Sussex e a casa real britânica. No início de dezembro foi lançada a série documental “Harry & Meghan” na Netflix, na qual o casal conta a história da sua relação e também do corte com a família real, deixando várias críticas ao funcionamento da instituição. Ainda nesse mês foi também o Telegraph que confirmou que o príncipe Harry e Meghan Markle seriam convidados para a coroação de Carlos III. “Todos os membros da família serão bem-vindos”, disse uma fonte ao jornal.

Contudo, a 10 de janeiro o lançamento do livro de memórias de Harry, Na Sombra, trouxe a público uma série de revelações sobre membros da sua família, com destaque para um episódio de violência entre William e Harry. Desde então vários membros da família real tiveram atos públicos, mas nenhum se pronunciou sobre as revelações do livro.

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A coroação de Carlos III está marcada para o dia 6 de maio e as celebrações vão durar três dias. Segundo o jornal britânico, o Rei acredita que a ausência dos duques causará mais polémica do que a sua presença, por isso estará disposto a fazer algumas concessões para que possa contar com a presença do filho e da nora.

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O príncipe William, por seu lado, estará preocupado com a hipótese do irmão fazer alguma “manobra” que ofusque o evento. Uma fonte disse ao jornal Daily Mail que Harry poderá ter um lugar de destaque na cerimónia ou “uma garantia informal que poderá manter os seus títulos como um incentivo para comparecer”.

A “família está dividida” e “Harry está a ser aconselhado a não concordar com nada nesta altura” e “arrastar” até ao limite, o que estará a tornar “as negociações muito difíceis”, diz a mesma fonte.

“Do lado de Harry deixaram muito claro que a ideia dele simplesmente comparecer na cerimónia e comportar-se , mas depois lhe serem retirados os seus títulos era uma má forma de começar”, cita o jornal. Harry “poderá decidir, a dada altura, abdicar dos seus títulos por vontade própria”, mas não quer que estes lhe sejam retirados, segundo foi explicado ao Daily Mail. “Ele ressente-se por ter sido colocado com André na mente do público como os dois ‘príncipes problema’ quando ele considera as circunstâncias totalmente diferentes.”

O Palácio de Lambeth, residência do arcebispo da Cantuária, o Palácio de Buckingham e os representantes do príncipe Harry recusaram comentar esta informação, segundo o Daily Mail.