A inflação registou no primeiro mês do ano uma variação de 8,3%, face ao mesmo mês de 2022, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta evolução confirma o abrandamento da subida dos preços que se verifica desde novembro. Em dezembro, a taxa de inflação homóloga foi de 9,6%, pelo que o dado de janeiro corresponde a uma taxa inferior em 1,3 pontos percentuais face ao mês anterior.

Considerando a evolução mensal dos preços, entre dezembro e janeiro, o índice de preços ao consumidor terá caído 0,9%, uma percentagem superior à queda de 0,3% verificada em dezembro face ao mês de novembro.

O principal contributo para esta desaceleração nos preços foi o setor da energia, acrescenta o INE, cuja taxa de variação homóloga caiu pelo terceiro mês consecutivo para 6,8% em janeiro, face aos 20,8% registados em dezembro. Olhando para a variação mensal, os preços da energia baixaram 9,14% em janeiro face ao último mês de 2022, refletindo as descidas de tarifários elétricos anunciados por várias empresas no mercado livre.

Já a alimentação (produtos não transformados) continua a puxar os preços para cima com uma variação de 18,5% face a janeiro de 2022, superior à taxa de crescimento de 17,5% verificada em dezembro. Os preços dos alimentos não transformados voltaram a crescer 1,37% em janeiro, face ao mês anterior.

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O INE refere que a inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, também registou uma travagem face a dezembro, com uma subida de 7% face a 7,3% verificados no mês passado.

Já inflação média nos últimos 12 meses do ano continua a acelerar face ao valor registado em dezembro, passando de 7,8% no final do ano para 8,2% no primeiro mês de 2023.

INE confirma inflação de 9,6% em dezembro e taxa anual fica nos 7,8% (há 30 anos que não era tão alta)

Os dados definitivos da inflação serão publicados pelo INE a 10 de fevereiro.