A comissão de revisão constitucional vai pedir ao Parlamento mais três meses para terminar os trabalhos de revisão. Os oito partidos com assento parlamentar apresentaram projetos de alteração levando a comissão a considerar que os 90 dias previstos não são suficientes.

A comissão agora liderada pelo deputado do PSD, José Silvano — depois de ter substituído Joaquim Pinto Moreira na sequência da Operação Vórtex –, tomou posse a 4 de janeiro para dar inicio à oitava alteração ao texto constitucional.

Na conferência de líderes de 1 de fevereiro, o presidente da Assembleia da República deu conta de que a comissão pediu uma extensão do prazo de trabalho de mais 90 dias, empurrando assim a conclusão para o período do verão.

Augusto Santos Silva indicou que este pedido de extensão do prazo vai ser apresentado no plenário da Assembleia da República para ser votado por todos os deputados.

Os oito partidos com assento parlamentar apresentaram propostas de alteração à Constituição, depois da iniciativa ter sido lançada pelo Chega. Entre as várias propostas de alteração, o PSD que mudar 71 artigos enquanto o PS opta por uma alteração de menor dimensão.

Para a alteração à Constituição ser aprovada é necessário os votos favoráveis de dois terços dos deputados, o que obriga a um acordo entre o PS e o PSD, que já manifestaram divergências quanto à amplitude deste processo de revisão.

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