O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem de acelerar e anunciou que irá receber o primeiro-ministro, António Costa, para um ponto da situação, na próxima semana.

Há dois anos ele veio apresentar o PRR com os vários membros do Governo que na altura eram responsáveis pelos fundos, e agora virá cá para mostrar o ponto da situação”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

E depois eu tenciono ir visitar algumas das obras, concluídas ou em conclusão, com o senhor primeiro-ministro, para mostrar uma aposta muito grande na execução do PRR”, acrescentou o chefe de Estado, que falava a meio de uma sessão do programa “Músicos no Palácio de Belém”, esta quarta-feira com a participação de Mário Laginha.

Questionado sobre a notícia de que a Comissão Europeia desembolsou a segunda tranche de 1,8 mil milhões de euros do PRR de Portugal, o Presidente da República respondeu que “o que se espera é que continue e se acelere a utilização dos fundos europeus”.

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A execução está a avançar em muitos aspetos, o senhor primeiro-ministro tem ido visitar várias obras, mas aquilo que está a ser feito de execução ainda é pouco, por causa desta tramitação administrativa”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, insistindo que “2023 é o ano para acelerar essa execução”.

O Presidente da República referiu que “o senhor primeiro-ministro já disse que tomou uma decisão muito importante, que é esta: não esperar pela decisão da Comissão Europeia do ano que vem sobre a prorrogação de prazos e desde já avançar com o que se puder avançar”.

Se isso significar custar mais do que custaria se se avançasse para o ano – como sabem, os custos de produção estão muito elevados ainda -, o Governo está na disponibilidade de recorrer aos empréstimos europeus a que tem direito. A ideia é ter uma taxa de execução alta, o mais alta possível dos fundos europeus. Parece-me bem”, saudou.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que a ida do primeiro-ministro ao Palácio de Belém para um ponto da situação da execução do PRR “será para a semana”.

Quanto à sua visita a algumas das obras, apontou para “finais de fevereiro e meados de março”.