A ANAC assumiu esta terça-feira, numa audição no Parlamento, que houve erro humano nos dois incidentes — no Porto e em Ponta Delgada — entre viaturas Follow Me da ANA e aviões que estavam em manobra. Tânia Simões, presidente do regulador, sustentou, no entanto, que embora graves não põem em causa o sistema.

“Temos dois casos e estamos a atuar e vamos reforçar auditorias para verificar”, mas salienta a responsável foram “situações” que aconteceram com baixo tráfego e “duas situações pontuais”. De qualquer forma, deixou a garantia de que vai ser reforçada a ação inspetiva da ANAC que, explica a responsável, audita requisitos e não incidentes.

E são cerca de 220 mil os requisitos por ciclo de dois anos que a reguladora tem de verificar.

Das ações realizadas, acrescenta, apenas 0,32% registaram estar em não conformidades, mas nenhuma no nível mais elevado de alerta. “Com base na análise de risco após verificação dos incidentes reformaços ação de inspeção. Vamos fazer mais inspeções”.

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Uma coisa não parece haver dúvidas nestes dois incidentes “houve erro humano, não sabemos é qual”.

Tânia Simões realça, ainda, que é possível existir um único controlador aéreo na torre, na posição, se tiver um backup que pode estar fora da torre, mas de prontidão. E tem de ficar registado o backup e “neste caso não ficou. Não foram cumpridas as regras”.

Torre com um só controlador aéreo “era uma prática usual”, admite presidente do gabinete de investigação de acidentes