Está desfeita a dúvida sobre a coroa que a Rainha consorte irá usar na cerimónia da coroação, agendada para o próximo mês de maio na abadia de Westminster — e afastada assim a expectativa que rodeava a possível escolha de uma peça que incluía um diamante tão famoso quanto polémico.
O anúncio foi feito esta terça-feira pela Casa Real, que nas respetivas redes sociais informou que a coroa da Rainha Mary (1867-1953), foi retirada do seu habitual lugar na Torre de Londres para se sujeitar à devida modificação, a tempo do aguardado evento. “É a primeira vez na história recente que uma coroa já existente será usada para a Coroação de uma Consorte em vez de ser concebida uma nova”.
Em homenagem a sua majestade Isabel II, neta de Mary de Teck, serão incluídas na nova peça, originalmenre criada pela casa Garrard, os diamantes Cullinan III, IV e V, que há muitos anos integravam a coleção pessoal de joias da anterior monarca. A soberana, que morreu em setembro passado, usou-os em várias ocasiões como pregadeiras.
A Casa Real adianta ainda que esta coroa, usada na coroação de 1911, pelo reinado de Jorge V, e cujo desenho foi inspirado na coroa da Rainha Alexandra, de 1902, sofrerá “pequenas alterações”. Entre elas, conta-se a retirada de quatro dos oito arcos que compõem a peça, de forma a criar um novo impacto quando for apresentada diante do público.
Arredada fica assim a eleição da coroa usada pela Rainha Mãe, que nos anos mais recentes se viu enredada em polémica. Adornada com o diamante Koh-i-Noor, a joia, também em exposição na Torre de Londres, é reclamada pela Índia, que alega ter sido roubada.