A maioria dos portugueses está a favor da greve dos professores e da recuperação total do tempo em que as carreiras dos docentes estiveram congeladas. Este é o resultado de uma sondagem feita pela Aximage para a TSF, Jornal de Notícias e Diário de Notícias, que divulgam os resultados nas suas edições em papel e online.
Este sábado, os professores voltam a manifestar-se em Lisboa. A recuperação de todo o tempo em que as carreiras estiveram congeladas é uma das suas principais reivindicações — algo que o primeiro-ministro António Costa já afirmou estar fora de questão. Outra das exigências é o fim das quotas na avaliação de desempenho e das vagas para aceder ao 5.º e ao 7.º escalão da carreira.
Segundo a sondagem, 63% dos inquiridos concorda com a recuperação integral do tempo de serviço dos professores. A forma de recuperar esse tempo — que se traduz em aumentos salariais — divide-se em dois caminhos: 38% dos inquiridos defendem que o tempo seja devolvido de forma faseada, enquanto que 25% deve a devolução imediata.
Há ainda uma fatia significativa, de 29%, que considera que “deve haver cedências de ambas as partes e que só uma parte do tempo deve ser recuperada”. Por fim, 8% dos inquiridos são contra a recuperação desse tempo (6 anos, 6 meses e 23 dias).
Quanto às greves dos professores, que têm sido convocadas em diferentes formatos por diferentes sindicatos desde dezembro passado —, 65% dos inquiridos concordam com as paralisações. Deste bolo, 32% concordam totalmente. Em contrapartida, 18% discordam das greves e, destes, 6% discorda totalmente.
A decisão do Governo de decretar serviços mínimos também tem o apoio dos portugueses: 71% concordam, 15% discordam.