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O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, confirmou esta quinta-feira em Nova Deli, na Índia, que não haverá uma declaração conjunta no final da reunião ministerial do G20 e culpou os países ocidentais pelo fracasso.
“Falámos com boas maneiras. Bem, os nossos colegas ocidentais tornaram-se muito maus nesta matéria. Não pensam mais em diplomacia, apenas fazem chantagens e ameaças a todos“, disse Lavrov aos jornalistas.
“Infelizmente não foi possível aprovar a declaração conjunta dos ministros do G20, os nossos colegas ocidentais, tal como há um ano durante a presidência indonésia, tentaram (…) com mentiras e declarações retóricas, trazer a situação da Ucrânia para o primeiro plano”, declarou Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, já havia declarado esta quinta-feira que seria muito difícil a Rússia aceitar uma declaração conjunta.
“Infelizmente, a intervenção do ministro [Lavrov] foi no âmbito da narrativa russa, negando a ilegalidade da guerra e não ouvindo todos aqueles que pedem paz para a Ucrânia”, disse Albares à agência de notícias EFE.
Albares manteve um encontro bilateral com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, sublinhando que “o importante é que a China tenha clareza sobre a ideia e a necessidade de paz”.
“Estamos a falar de um país [China] que é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que tem uma relação com a Rússia que é evidente. O ministro chinês disse-me que está alinhado a favor da paz”, declarou Albares.
A reunião do G20, que acontecia em Nova Deli, na Índia, terminou esta quinta-feira.