A Iniciativa Liberal defendeu esta sexta-feira que a única solução para o serviço ferroviário é a “concorrência e a concessão, privatização ou subconcessão da CP”, com o Governo a questionar como seria garantida a paz social nesse modelo.

Com o governo do PS, os portugueses continuarão por muitos anos privados de soluções ferroviárias adequadas. O martírio diário nas ligações suburbanas continuará e continuarão os atrasos e maus serviços no longo curso, capitais de distrito sem comboio e os atrasos e as promessas por cumprir nas infraestruturas em todo o país”, criticou o presidente da IL, Rui Rocha, no debate de urgência agendado pela IL sobre o estado do transporte ferroviário.

Na opinião de Rui Rocha, “a IL teve razão na TAP, nas PPP na saúde, nos contratos de associação e tem razão na habitação“, tal como “tem razão na ferrovia“.

A Iniciativa Liberal tem razão quando defende que a única solução para o serviço ferroviário é a concorrência e a concessão, a privatização ou subconcessão da CP”, enfatizou, afirmando que se “o PS continuar a colocar a ideologia à frente dos interesses do país, continuará a falhar aos portugueses também na ferrovia”.

Pelo Governo, esteve presente o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, que considerou que a IL fez um “discurso a lamentar o efeito das greves, ao mesmo tempo que defende a privatização do setor“.

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Aquilo que eu questiono é como é que a IL propõe garantir a paz social. Se estão em condições de dizer aos trabalhadores que fazem greve que, no modelo da IL, conseguirão defender melhor os seus direitos no que no modelo atual”, perguntou, dando o exemplo do Reino Unido, país onde foram “pioneiros na fragmentação e privatização do setor e estão agora a reverter essa privatização”.

O governante defendeu que se pode ficar preso “aos incidentes, aos pormenores, apontar defeitos e insuficiências que existem” e que o Governo não nega “e que vão demorar tempo a eliminar”, mas isso não deve impedir o reconhecimento das melhorias.

E que há muito, há várias décadas que não se fazia tanto pelo caminho-de-ferro em Portugal“, sublinhou.