O Banco Central Europeu (BCE) não está a planear promover qualquer reunião de emergência para analisar potenciais consequências do fecho do Silicon Valley Bank, determinada pelas autoridades norte-americanas. A notícia é da agência Reuters, que cita fontes da cúpula do banco central, na mesma manhã em que o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, garantiu publicamente que há uma “exposição muito reduzida” da zona euro ao banco falido.
Apesar de não estar prevista qualquer reunião de emergência em Frankfurt, no BCE, a mesma agência Reuters noticiou esta segunda-feira que o banco central alemão tem reunida uma “equipa de crise” que está encarregada de avaliar os riscos associados à falência do banco norte-americano. Este trabalho decorre apesar de haver a convicção, acrescenta a agência noticiosa, de que não é previsível que as autoridades europeias tomem qualquer medida de emergência relativamente a estes caso.
O fim do Silicon Valley Bank (SVB) acelerou-se em dias, mas a história que lhe deu origem já se ia desenhando há mais tempo, desde que a Reserva Federal (Fed), à semelhança de outros bancos centrais, enveredou pela política de aumento das taxas de juro. O SVB, um banco particularmente importante para as tecnológicas e startups da Califórnia, não resistiu e colapsou na passada sexta-feira, depois de uma autêntica corrida aos depósitos.
Silicon Valley Bank. Como se desenhou o maior colapso de um banco desde a crise financeira de 2008