A marca dos quatro anéis, que recentemente anunciou em Lisboa a sua ousada estratégia para o mercado europeu e sobretudo português, parece não querer ficar por aqui em matéria de novidades. Pelo menos é o que se pode concluir do recente anúncio do CEO, que afirmou pretender passar a denominação do A4 a A5 e a do A6 a A7, na próxima geração de modelos.

A informação foi tornada pública pelo CEO da marca, Markus Duesmann, que em entrevista à publicação germânica Auto Bild confirmou que o próximo A4 será comercializado como A5, enquanto o A6 irá passar a ser denominado A7. Segundo Duesmann, a Audi consegue assim passar a utilizar números ímpares associados a modelos com motores a combustão, deixando os algarismos par para os veículos eléctricos.

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O novo sistema de denominação abandona a ligação entre os números pares e as carroçarias de três volumes, para os ímpares estarem associados às berlinas estilo coupé, com o pilar traseiro mais inclinado, solução que por ser mais aerodinâmica irá certamente ser adoptada pelos modelos alimentados exclusivamente a bateria. Em matéria de prazos, o actual A6 irá ainda este ano beneficiar de um restyling, sendo possível que a marca aproveite a ocasião para trocar a denominação para A7, uma vez que a sigla A6 necessita de estar livre para quando o A6 e-tron chegar em 2024.

O sucessor do A8 será exclusivamente eléctrico e o substituto do actual A4 a combustão é esperado para o início de 2024, altura em que será rebaptizado. Duesmann avançou ainda que, entre os 20 novos modelos a lançar nos próximos dois anos, vai existir espaço por baixo do Q4 e-tron para encaixar mais um eléctrico na gama, com dimensões mais compactas, ligeiramente acima dos 4,2 metros, à semelhança do ID.3.

Desafiado a esclarecer se a Audi vai seguir as pisadas da Mercedes, e deixar cair a designação e-tron para denominar os eléctricos num futuro próximo, como os seus rivais já anunciaram pretender fazer com os EQ, Duesmann arregurou que o sufixo e-tron veio para ficar e assim continuará. O CEO da Audi deixou ainda uma boa notícia, garantindo que as versões S e RS vão continuar a ser comercializadas, tanto nos modelos com motor de combustão, como nos eléctricos.