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Evanilson, o vocalista de um verdadeiro canto do cisne (a crónica do Sp. Braga-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

Num dia em que o Sp. Braga foi melhor e o FC Porto ficou a 10 pontos do Benfica, Evanilson falhou um golo cantado nos últimos 10 minutos (0-0). E tornou-se a cara do canto do cisne dos dragões.

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O avançado brasileiro ficou muito perto de inaugurar o marcador nos derradeiros 10 minutos

AFP via Getty Images

O avançado brasileiro ficou muito perto de inaugurar o marcador nos derradeiros 10 minutos

AFP via Getty Images

Um jogo crucial, fulcral e capital. A repetição da terminação justifica-se com a importância da visita do FC Porto ao Sp. Braga — a importância para a liderança da Primeira Liga e a importância para o apuramento para a Liga dos Campeões da próxima temporada. Segundo e terceiro encontravam-se este domingo, já depois de o Benfica ter goleado o V. Guimarães na Luz, e existia a ideia clara de que a partida não seria tão desequilibrada como a da primeira volta.

Primeiro, porque estava muito mais em jogo. Para o FC Porto, perder pontos na Pedreira era deixar o título praticamente entregue ao Benfica, que ficaria com 10 ou mais pontos de vantagem na liderança. Para o Sp. Braga, perder pontos na Pedreira era permitir uma aproximação do Sporting numa altura em que os leões atravessam a melhor fase da temporada.

Ficha de jogo

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Sp. Braga-FC Porto, 0-0

25.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Braga, em Braga

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

Sp. Braga: Matheus, Victor Gómez, Tormena, Niakaté, Sequeira, Al Musrati, André Horta (Castro, 77′), Iuri Medeiros (Simon Banza, 77′), Ricardo Horta, Bruma (Álvaro Djaló, 64′), Abel Ruiz (Pizzi, 88′)

Suplentes não utilizados: Tiago Sá, Serdar, Paulo Oliveira, Uros Racic, Cristian Borja

Treinador: Artur Jorge

FC Porto: Diogo Costa, Rodrigo Conceição (Stephen Eustáquio, 39′), Fábio Cardoso, Marcano, Wendell (Zaidu, 45′), Otávio, Grujic (Galeno, 39′), Uribe (Galeno, 81′), Pepê, Taremi (Danny Loader, 81′), Evanilson

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, David Carmo, André Franco, Toni Martínez

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: nada a registar

Ação disciplinar: cartão amarelo a Wendell (33′), a Niakaté (82′), a Otávio (86′), a Álvaro Djaló (88′), a Victor Gómez (90+3′)

Depois, porque a fase das equipas era francamente semelhante. O FC Porto surgia na Pedreira após a eliminação da Liga dos Campeões, com apenas duas vitórias nos últimos cinco jogos. O Sp. Braga surgia na Pedreira depois de dois triunfos consecutivos na sequência de duas derrotas seguidas, incluindo a eliminação da Liga Conferência.

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Neste contexto, e com Sérgio Conceição a faltar novamente à conferência de imprensa de antevisão da partida, o treinador do FC Porto voltava a não contar com os lesionados João Mário e Pepe e lançava Rodrigo Conceição e Fábio Cardoso no onze inicial, apostando ainda em Grujic e Pepê e deixando Eustáquio e Galeno no banco de suplentes. Do outro lado, Artur Jorge tinha Tormena de volta à titularidade e colocava Abel Ruiz e Ricardo Horta no ataque.

Os instantes iniciais da partida demonstraram desde logo que o jogo seria muito discutido na zona do meio-campo, com os duelos individuais e a reação à perda de bola que caracterizam as duas equipas a impedirem que surgissem oportunidades de golo evidentes nos primeiros 10 minutos. Ricardo Horta teve o primeiro remate mais perigoso, ainda de muito longe e a passar ao lado (10′), e Taremi respondeu na baliza contrária com uma tentativa de chapéu que também falhou o alvo (12′) — e a ocasião do avançado iraniano acabaria por ser a única verdadeira oportunidade criada pelo FC Porto ao longo de toda a primeira parte.

A partir do quarto de hora inicial, os dragões deixaram de conseguir responder à pressão alta e eficaz do Sp. Braga e foram recuando no relvado. A equipa de Sérgio Conceição não era capaz de circular a bola a partir do meio-campo e foi afundando, permitindo aos minhotos incursões ofensivas e lances de perigo junto da baliza de Diogo Costa. Bruma ia sendo o verdadeiro protagonista do conjunto de Artur Jorge, baralhando o posicionamento dos centrais do FC Porto ao aparecer entre linhas e aproveitando as movimentações sem bola de Ricardo Horta.

Foi neste contexto que Diogo Costa se tornou decisivo, ao negar o golo ao próprio Bruma (16′) e depois a Abel Ruiz (18′) com duas grandes defesas. A partida perdeu intensidade a partir da meia-hora, ainda que o Sp. Braga mantivesse um ascendente claro que fazia com que o FC Porto nem sequer tivesse possibilidade de entrar no último terço adversário, e Sérgio Conceição aproveitou para realizar de imediato uma dupla substituição que iria estar na base daquilo que queria para a segunda parte.

Ainda antes do intervalo, o treinador dos dragões tirou Rodrigo Conceição e Grujic e lançou Stephen Eustáquio e Galeno, recuando Pepê para a direita da defesa e oferecendo uma maior liberdade a Uribe para que a construção fosse feita de outra forma e com outra naturalidade. No fim da primeira parte e ainda sem golos, persistia a ideia de que os minhotos tinham sido melhores até ao intervalo e de que o FC Porto teria de fazer muito mais para não perder o título na Pedreira.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sp. Braga-FC Porto:]

Sérgio Conceição voltou a mexer no início da segunda parte e tirou Wendell — que já tinha cartão amarelo e que estava a ser particularmente permeável às investidas adversárias — para colocar Zaidu. O FC Porto voltou melhor, mais intenso e pressionante, e não foi preciso esperar muito para ver Galeno fazer o primeiro remate enquadrado dos dragões o jogo, com um pontapé acrobático que Matheus defendeu (51′). Eustáquio fazia claramente a diferença, tornando-se um pêndulo crucial no meio-campo, e Galeno era a chave da transição da equipa ao ser responsável pela exploração da profundidade.

O Sp. Braga procurava responder da mesma forma, com investidas pelo corredor direito do ataque, e Ricardo Horta ficou perto de inaugurar o marcador com um pontapé forte que passou ao lado (55′). Artur Jorge mexeu pela primeira vez à passagem da hora de jogo e trocou Bruma por Álvaro Djaló, procurando não só explorar a velocidade do jovem avançado como também travar as subidas de Pepê para apoiar o ataque do FC Porto.

O encontro partiu muito na última meia-hora, perdendo clarividência e qualidade e desembrulhando-se entre passes errados, paragens e faltas mais duras. A subida de rendimento que o FC Porto tinha registado depois do intervalo esfumou-se, já que o Sp. Braga recuperou o equilíbrio das dinâmicas, e o jogo aproximou-se do fim sem que existissem grandes oportunidades de golo ou lances de perigo. A exceção foi um enorme falhanço de Evanilson, que atirou ao lado na cara de Matheus depois de deixar dois adversários para trás (86′), e o nulo acabou mesmo por não ser desfeito.

Sp. Braga e FC Porto não foram além de um empate sem golos na Pedreira e os dragões ficaram agora a 10 pontos da liderança do Benfica, enquanto que os minhotos podem ver o Sporting ficar a três do terceiro lugar. Num dia em que Al Musrati esteve em todo o lado e Otávio voltou a ser o motor da equipa de Sérgio Conceição, fica na retina o momento em que Evanilson atirou ao lado, nos derradeiros 10 minutos, quando só tinha Matheus pela frente. Quase como um vocalista do verdadeiro canto do cisne do FC Porto na luta pelo título.

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