O ano de 2022 foi o melhor da história da Lamborghini, com a marca italiana de superdesportivos a registar um volume de vendas de 9233 veículos, o que gerou um volume de negócios superior a 2000 milhões de euros, fasquia ultrapassada pela primeira vez pela marca do touro, o que provocou um incremento de 56% nos lucros operacionais, face ao ano anterior. Estes resultados são ainda mais impressionantes se considerarmos que foram obtidos em condições adversas, num mercado global limitado ainda parcialmente pela pandemia, enfrentando igualmente desafios como as dificuldades com fornecedores devido à invasão da Ucrânia e a inflação.
Durante os 12 meses do ano transacto, o construtor fundado em 1963 por Ferruccio Lamborghini comercializou 9233 veículos, ultrapassando 2,38 mil milhões de euros em facturação, o que representa um salto de 22% face a 2021. Se estes dois valores constituem outros tantos recordes para a marca, mais importante do que isso foi o facto de a margem operacional ter representado 25,9%, a melhor da classe, a que correspondeu um lucro operacional de 614 milhões de euros, que aporta um aumento de 56% face ao recorde anterior, conseguido em 2021.
Operando no mercado global, o incremento das vendas da Lamborghini deveu-se ao crescimento do mercado asiático em 14%, a que juntou o aumento da procura dos mercados do continente americano (10%), enquanto a região Europa, Médio Oriente e África (EMEA) cresceu 7%. Em termos de países, os EUA dominaram ao absorver 2721 unidades, mais 10% do que no ano anterior, seguidos pela China, Hong Kong e Macau (1018, mais 9%), Alemanha (808, mais 14%), Reino Unido (650, mais 15%) e Japão (546, mais 22%).
O ano de 2023 vai ser de celebrações, uma vez que o construtor italiano comemora 60 anos, o que será marcado pelo lançamento no mercado do primeiro híbrido plug-in da Lamborghini, um coupé de dois lugares ajudado por motores eléctricos, em que o motor principal será uma nova versão do imponente 6.5 V12 atmosférico. O PHEV em causa oferecerá ainda a possibilidade de percorrer uma determinada distância em modo exclusivamente eléctrico e sem recorrer ao motor de combustão.
Este processo de electrificação estará concluído até final de 2024, visando dotar todos os modelos da marca com mecânicas híbridas e sobretudo híbridas plug-in para reduzir as emissões médias e responder aos desejos dos clientes. Toda esta transformação é fruto de um investimento de 2,5 mil milhões de euros, que será realizado até 2028, ano em que surgirá o primeiro modelo 100% eléctrico da marca italiana.