Empatados. É assim que PS e PSD ficariam, se as eleições fossem hoje, segundo a mais recente sondagem do ICS-ISCTE para o Expresso e a SIC, que mostra o PS a cair vertiginosamente e o bloco da direita a conquistar a maioria dos hipotéticos votos.

A aproximação explica-se porque se o PSD cresce pouco (apenas um ponto percentual relativamente à última sondagem do ICS-ISCTE, feita há três meses), o PS cai muito: derrapa sete pontos, ficando ambos os partidos, feita a distribuição dos indecisos, com 30% das intenções de voto, na altura em que o Governo de maioria absoluta de António Costa cumpre precisamente um ano.

Quem sobe significativamente é o Chega, de 9% para 13%, o que significaria que quase dobraria a percentagem conquistada nas eleições de 2022 (7,2%). O partido de André Ventura contribui assim para o crescimento do bloco da direita: todos juntos, os partidos desse lado do hemisfério político chegariam à maioria.

O cenário, um ano depois de o Governo ter tomado posse, fica, a fazer fé nos resultados da sondagem, radicalmente diferente para o PS: nas eleições de 2022, os socialistas conquistaram a maioria absoluta com 41,4% dos votos, deixando o PSD muito atrás — 27,7% — e esmagando a esquerda. Agora, nem esquerda nem PSD registam um crescimento muito significativo — mas a subida nas intenções de voto noutros partidos à direita, sobretudo o Chega, faz o resto.

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