O número de travessias ilegais do Mediterrâneo Central aumentou 305%, para 27.651, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2022, indicou a agência fronteiriça da União Europeia (UE), Frontex.

Só em março, o número de migrantes e refugiados que efetuaram a travessia do mar Mediterrâneo aumentou nove vezes em comparação com o do mesmo mês no ano passado, para cerca de 13 mil.

No total, a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira da UE, conhecida como Frontex, detetou 54 mil entradas ilegais nas fronteiras comunitárias no primeiro trimestre de 2023, mais 26% que no mesmo período do ano passado.

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Os Balcãs ocidentais (zona que atravessa nomeadamente a Macedónia do Norte e a Sérvia e países da UE como a Croácia e a Eslovénia) continuaram a ser a segunda rota migratória mais ativa a seguir à do Mediterrâneo Central, com 14.858 deteções entre janeiro e março.

No entanto, este número representou uma queda de 22% em relação ao mesmo período de 2022, devido ao alinhamento da política de emissão de vistos daquela região com a da UE e ao reforço do dispositivo de controlo fronteiriço da Hungria, referiu a Frontex.

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A chamada rota do Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais, sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Europa, nomeadamente aos territórios italiano e maltês.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) avançou que pelo menos 441 migrantes morreram no Mediterrâneo Central no primeiro trimestre deste ano, o maior número de mortes já registado desde 2017.