O PCP insistiu num aumento intercalar das pensões de 9,1%, com um “mínimo de 60 euros” e efeitos retroativos a janeiro, considerando que o valor de 3,57% decidido pelo Governo “é insuficiente e tardio e não repõe o poder de compra” dos reformados.
Em comunicado, os comunistas argumentam que “o caráter limitado e insuficiente desta medida do Governo torna ainda mais necessária a luta pela valorização de todas as reformas e pensões”.
Recuando à anterior “dramatização” da sustentabilidade da Segurança Social invocada anteriormente para justificar a dificuldade de um aumento maior das pensões, com base em “projeções negativas da sua evolução até 2070”, o PCP dirige uma forte crítica ao executivo.
“Fica provado que essa dramatização apenas serviu para fundamentar os cortes nos valores das pensões, para dar força aos que pretendem desviar as contribuições do regime previdencial para os fundos privados de pensões e para responder às exigências da União Europeia que pressiona os governos para a redução de despesas sociais e para a privatização da Segurança Social”, considera.
Pensões: PCP considera muito tardio e insuficiente aumento de 3,57% e propõe meta de 9,1%
Segundo os comunistas, “os resultados financeiros da Segurança Social entre 2016 e 2022 permitiram acumular um excedente de 17,47 milhões de euros“.
A valorização que agora é feita pelo Governo do volume de emprego criado e o significativo aumento das receitas para a Segurança Social vem dar razão ao PCP de que o financiamento da Segurança Social não é só determinada pela estrutura etária da população, mas pela capacidade de criação de riqueza e da sua repartição nacional”, conclui o texto do PCP.