O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, assumiu que a Taça da Liga pode vir a ser jogada nos “muitíssimo apetecíveis” Estados Unidos e Arábia Saudita ou noutro país europeu. O anúncio dá forma ao que Proença tem defendido ser a necessidade de internacionalizar a terceira competição mais importante do futebol nacional.
“Já há um caderno de encargo, foi lançado um concurso público e esperamos que muito rapidamente possamos ter conclusões. O mercado [da Taça da Liga] é tripartido: América é uma boa possibilidade, o mercado da Arábia Saudita e o mercado europeu, que também nunca deixamos de fora”, disse em entrevista à Renascença.
Pedro Proença considera que este “trabalho que tem de ser feito a par da centralização dos direitos audiovisuais” e revela que também há interesse dos clubes para que a Final Four seja realizada fora do país. “Queremos fazê-lo o quanto antes, faz todo o sentido. Temos partilhado isso com os nossos clubes. Há uma grande vontade de conseguir internacionalizar as nossas competições por essa via. Estamos na antecâmara de reduzir a Taça da Liga a um modelo que possa corresponder ao período pós-2024. Direi que, daqui a um ou dois ciclos, acredito que consigamos fazer esse desiderato”, refere o presidente da Liga numa altura em que se sabe que, a partir de 2024/25, a prova vai ser composta apenas pelos jogos da Final Four, sendo os participantes determinados pela classificação do campeonato anterior.
Braga e Leiria foram os locais onde se realizou a Final Four da Taça da Liga desde que a competição assumiu este formato. Ainda assim, a exportação de uma competição nacional não é uma novidade. Em 1994 e 1995, as Finalíssimas da Supertaça foram jogadas no Parque dos Príncipes em Paris. Ao mesmo tempo, no panorama internacional, a Supertaça de Espanha, nos anos mais recentes, também já se disputou na Arábia Saudita e em Marrocos. Também no país do Médio Oriente se jogou a última edição da Supertaça de Itália. França entregou a Israel as duas edições mais recentes da Supertaça.
Com a luta pelo título entre Benfica e FC Porto reaberta, o presidente da Liga, na mesma entrevista, disse esperar um final de campeonato sem problemas. “Desejo que se mantenha esta competitividade. Tudo está ainda por decidir e confirmar, nas duas ligas profissionais. Faço um apelo à tranquilidade e à serenidade dos ânimos. Que deixem os verdadeiros artistas, que são os jogadores, desempenhar o seu papel. Que consigamos fazer com tranquilidade uma Liga que já nos tem habituado a este nível de competitividade até à última jornada”.