O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que o Reino Unido e a Itália estão “muito alinhados” nos valores, ao receber a primeira-ministra italiana de extrema-direita, Giorgia Meloni.

Os dois líderes reuniram em Londres para conversar sobre migrações, defesa e a guerra na Ucrânia, mas Sunak aproveitou para também elogiar a “condução muito cuidadosa da economia italiana” por parte de Meloni.

“Acho que os valores entre os nossos dois países estão muito alinhados, e é por isso que podemos trabalhar tão bem juntos em desafios compartilhados, seja respondendo à invasão ilegal de Putin na Ucrânia, onde novamente presto homenagem à sua liderança, mas também combatendo a migração ilegal, que é algo comum”, disse Sunak.

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Nos últimos meses, os governos italiano e britânico têm estado alinhados no seu interesse em impedir que migrantes ilegais entrem nos seus territórios por mar.

O Governo de Sunak quer aprovar um projeto de lei no Parlamento que negará o direito de asilo a qualquer pessoa que chegar ao Reino Unido sem prévia autorização. A proposta de legislação já foi condenada por grupos de refugiados e pela agência de direitos humanos das Nações Unidas.

Meloni – cujo partido de extrema-direita, Irmãos de Itália, lidera o governo de coligação – criou uma estratégia de repressão de traficantes de seres humanos e aos navios de resgate operados por instituições de ajuda humanitária, alegando que estas incentivam os migrantes a arriscar viagens perigosas desde o norte da África e pelo Mediterrâneo.

Na conversa em Londres, Meloni disse a Sunak que “combater os traficantes e as migrações ilegais é uma coisa que o seu governo está a fazer muito bem”.

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Sobre a guerra na Ucrânia, Londres e Roma também partilham perspectivas idênticas.

Ao contrário de alguns populistas de extrema-direita no Ocidente, Meloni assumiu uma posição fortemente pró-NATO e pró-europeia, condenando a invasão russa da Ucrânia.

Durante o encontro em Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro britânico, um grupo de manifestantes concentrou-se do lado de fora dos portões, segurando cartazes que diziam “Não à fascista Meloni” e gritando “Refugiados dentro, Meloni fora”.