A Plataforma Cívica “Aeroporto BA6-Montijo Não” voltou esta sexta-feira a defender o Campo de Tiro de Alcochete como a melhor opção para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa e congratulou a comissão técnica pelo trabalho que tem desenvolvido.
Em comunicado, a plataforma regista, “de modo positivo, as decisões, à data, tomadas pela CTI (Comissão Técnica Independente) e ontem [quinta-feira] apresentadas”.
A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou, na quinta-feira, nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela+Alcochete, Portela+Pegões, Rio Frio+Poceirão e Pegões.
A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, numa apresentação sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.
Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo – Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém e Santarém – foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções.
Para a Plataforma Cívica, que tem acompanhado e participado ativamente no processo de decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, Alcochete constituiria a fase zero (fase de transição), no quadro de uma solução faseada, progressiva e adaptada à evolução da procura e do transporte aéreo, particularmente em Portugal.
A localização no Campo de Tiro de Alcochete é, no entender da Plataforma Cívica, a que dispõe das melhores condições para responder às necessidades estratégicas da região de Lisboa e do país.
A plataforma justifica esta posição indicando que os terrenos são públicos logo sem necessidades de expropriações, está a 41 quilómetros do centro de Lisboa, dispõe dos terrenos suficientes para chegar até quatro pistas e tem Declaração de Impacte Ambiental (DIA) “que pode facilmente ser recuperada, pois caducou por mera inércia e falta de vontade da concessionária, a 9 de dezembro de 2020”.
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Por outro lado, acrescenta, tem projetos de execução e análise financeira muito avançados. Todos estes requisitos, segundo a Plataforma Cívica, “encaixam, como nenhuma outra localização, nos dez critérios enunciados pela CTI”.
A Plataforma Cívica adianta que irá em breve dar a conhecer ao público o conjunto, vasto, de documentos que entregou à CTI e que manterá a sua colaboração “com o objetivo de que os trabalhos da Comissão Técnica possam ter o sucesso que Portugal precisa”.