Pelo menos 131 pessoas morreram, desde setembro, devido à cólera em Moçambique e outras 19.934 foram internadas no país, indica o boletim diário do Ministério da Saúde (Misau).
Nos hospitais do país estão atualmente internados 141 doentes, havendo um registo de 90 novos casos nas últimas 24 horas, refere a atualização da Direção Nacional de Saúde Pública.
Moçambique tem um cumulativo de 29.370 casos de cólera e uma taxa de letalidade de 0,4%.
“Esta é a maior epidemia desta doença ao longo dos últimos 20 anos”, declarou o ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante a abertura de uma reunião sobre o tema, esta terça-feira, em Maputo.
O responsável avançou ainda que o número de casos tende a reduzir-se, ao mesmo tempo que a vacinação avança.
Ainda segundo o ministro da Saúde moçambicano, de um total de 40 distritos afetados, pelo menos 18 declararam, até segunda-feira, o fim da epidemia.
A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida – sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
Moçambique, considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, saiu há poucos dias da época chuvosa e ciclónica, que ocorre anualmente entre os meses de outubro e abril e que é propícia para a propagação da cólera.