As manifestações e bloqueios de estradas regressaram esta quinta-feira a Israel, contra um plano do Governo para reformar o sistema judiciário, para aumentar a pressão sobre o parlamento depois do primeiro-ministro ter interrompido as reformas durante um mês.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, interrompeu a reforma em março de 2023 depois da pressão feita pela população, e os lados opostos do parlamento estão a tentar chegar a um acordo de compromisso.
Dezenas de manifestantes com bandeiras israelitas bloquearam as principais estradas e cruzamentos no litoral de Telavive e reuniram-se junto das casas do presidente e do ministro da Segurança Nacional do país.
Dezenas de milhares protestam em Israel contra reforma judicial
Os líderes do protesto classificaram o protesto como um apelo à igualdade, expandindo as críticas ao aumento do custo de vida em Israel e às isenções de alistamento militar concedidas aos judeus ortodoxos.
Os manifestantes pintaram de branco uma poça de água na praça do Teatro Nacional de Israel, para simbolizar o recente aumento do preço do leite.
A polícia disse aos meios de comunicação do país que um manifestante foi preso por causar distúrbios.
O plano para reformar o sistema judiciário do país mergulhou Israel numa das piores crises internas da história do país.
Ainda que o congelamento da legislação tenha aliviado as tensões, os aliados de Netanyahu pressionam o primeiro-ministro a avançar com a reforma.
Os defensores do plano, que limitaria a supervisão judicial da legislação e das decisões do Governo, acreditam que é necessário controlar o “tribunal intervencionista” e restaurar o poder aos legisladores eleitos.
Os opositores acreditam que a reforma perturbaria o sistema delicado do país e colocaria em risco os seus fundamentos democráticos.