A Microsoft vai tornar o navegador Bing com inteligência artificial (IA) disponível a toda a gente. Numa publicação assinada por Yusuf Mehdi, vice-presidente corporativo e responsável de marketing de consumo da tecnológica, é anunciado que o Bing vai passar de “limited preview” a “open preview”.

Ou seja, deixa de ser preciso estar numa lista de espera para receber a autorização para testar as capacidades de conversação do Bing, que funciona com o modelo de linguagem GPT-4. O Bing com IA pode ser testado por qualquer pessoa, desde que tenha uma conta Microsoft e o navegador Edge instalado.

O Bing com inteligência artificial foi revelado há cerca de três meses, recorrendo ao modelo de linguagem mais avançado da OpenAI, empresa onde a Microsoft já investiu pelo menos 10 mil milhões de dólares.

A Microsoft refere que o Bing está a crescer junto do público, revelando que, no total, o navegador “já excedeu os 100 milhões de utilizadores diários ativos e que as instalações diárias da aplicação móvel do Bing aumentaram quatro vezes desde o lançamento”. Com esta onda de curiosidade em torno do Bing, a dona do Windows refere que está a ver aumentar a quota de mercado e que a presença do Edge “está a crescer há oito trimestres consecutivos”, mas sem avançar números mais concretos.

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Nesta publicação, Yusuf Mehdi explica que a Microsoft quer desenvolver mais ferramentas para o Bing com IA de uma “forma responsável” e explica que está a trabalhar com a OpenAI para “implementar limites” nestes serviços que permitam proteger os utilizadores de conteúdo perigoso.

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A empresa quer que o Bing com IA evolua de um produto para uma plataforma. Para fazer isso, explica que em breve vai começar a trabalhar com plug-ins de terceiros para aumentar as funcionalidades disponíveis. Um dos exemplos partilhados é uma ferramenta para fazer uma reserva num restaurante. Através da integração dos serviços da OpenTable, uma rede de reservas online no motor de pesquisa, a ideia é que seja mais rápido marcar mesa em menos cliques. “Acreditamos que isto vai mudar o jogo na reinvenção da pesquisa e também aumentar as oportunidades para os programadores na área da pesquisa”, diz Mehdi. A Microsoft diz que pretende apresentar mais detalhes sobre estes projetos no fim do mês, no evento Microsoft Build.

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Quem já experimentou o novo Bing sabe que nem sempre o histórico das conversas continua disponível – o que obriga a ter de recomeçar conversas, o que pode ser uma frustração para o utilizador. Dentro de pouco tempo, a Microsoft diz que o Bing vai começar a lembrar-se das coisas, para que seja possível retomar uma conversa que teve no início do dia.

Também vai ficar disponível uma forma mais rápida de exportar e partilhar as conversações do Bing, deixando de ser necessário fazer capturas de ecrã, por exemplo, ou ter de copiar o texto através de atalhos. A empresa espera que desta forma seja possível fazer uma transição mais fácil da pesquisa do Bing para outros produtos colaborativos, como o Word.

A Microsoft explica ainda que quer tornar a pesquisa mais visual, através do recurso a gráficos e a uma formatação diferente nas respostas que apresenta aos utilizadores. Além disso, a ferramenta que permite gerar imagens a partir de texto diretamente dentro da área de chat, o Bing Image Creator, vai passar a compreender mais idiomas. “Estamos a expandir o Image Creator a mais línguas no Bing – são mais de 100 idiomas – para que possa criar imagens no vosso idioma nativo.”