As duas estudantes da Faculdade de Psicologia de Lisboa que iniciaram na terça-feira uma greve de fome tiveram de suspender o protesto após um pedido de intervenção por parte da direção, que pôs fim também à ocupação, esta quinta-feira.
A informação foi confirmada à agência Lusa pelo diretor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL), que explicou que a instituição pediu a intervenção do INEM na quarta-feira e esta quinta para avaliar o estado de saúde das alunas.
“A minha preocupação principal era com o bem-estar delas”, afirmou Telmo Batista, referindo que pediu também a intervenção das autoridades para “dissuadirem os estudantes de fecharem o portão”.
“Tentámos resolver o assunto da melhor maneira, de forma a não haver danos para ninguém”, acrescentou o diretor, adiantando que “está restabelecida a normalidade” na FPUL.
As duas alunas FPUL, Teresa Cintra e Jade Lebre, iniciaram, na terça-feira, uma greve de fome na entrada principal daquele estabelecimento de ensino, num protesto contra as alterações climáticas.
Até à manhã desta quinta-feira, quando foram retiradas, estiveram confinadas no acesso principal da faculdade apenas com um garrafão de água, livros, agasalhos e colchões.
A faculdade estava ocupada por jovens ativistas desde o dia 26 de abril numa ação pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030 e para exigir “eletricidade 100% renovável e acessível até 2025”.
Nas ocupações, que se replicaram noutros estabelecimentos de ensino, os estudantes apelam também a que 1.500 pessoas se comprometam a participar num ato de resistência civil no terminal de gás de Sines, no distrito de Setúbal, no sábado.