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João voltou ao Algarve para repetir que aquele metro e setenta e quatro vai dar o 38 (a crónica do Portimonense-Benfica)

Este artigo tem mais de 1 ano

Voltou a ser titular, voltou a ser dos melhores em campo, voltou a ser decisivo: João Neves foi parte fulcral da goleada do Benfica em Portimão que deixou os encarnados a uma vitória do título (1-5).

O jovem médio português voltou a ser titular na equipa de Roger Schmidt
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O jovem médio português voltou a ser titular na equipa de Roger Schmidt

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

O jovem médio português voltou a ser titular na equipa de Roger Schmidt

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Por muito injusto, irracional e contra-natura que seja, a verdade é que um objetivo alcançado com algum esforço e sacrifício sabe muito melhor do que um objetivo alcançado sem lágrimas, sangue e suor. Que o diga o Benfica: os encarnados estavam a avançar em velocidade de cruzeiro rumo à reconquista do título quando estiveram quatro jogos seguidos sem ganhar e relançaram o Campeonato, ou seja, cada vitória carimbada desde aí é uma autêntica final da qual depende o tal objetivo arrancado com lágrimas, sangue e suor.

Este sábado, no Algarve, o Benfica disputava a antepenúltima das finais. Contra o Portimonense, os encarnados sabiam que uma vitória significava ficar a um triunfo da conquista do título — ou seja, significava ficar com dois match points, um para Alvalade e outro para a Luz, entre a visita ao Sporting e a receção ao Santa Clara. Mais do que isso, e com a devida dose de otimismo, significava ter a noção de era possível ser campeão nacional já este domingo se o FC Porto perder no Dragão com o Casa Pia.

Ficha de jogo

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Portimonense-Benfica, 1-5

32.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Portimão, em Portimão

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

Portimonense: Nakamura, Moufi (Sérgio Conceição, 67′), Pedrão (Lucas Ventura, 67′), Park, Relvas, Seck, Carlinhos (Paulo Estrela, 67′), Maurício, Alemão, Yago, Yony González

Suplentes não utilizados: Matheus Nogueira, Ouattara, Diaby, Rui Gomes

Treinador: Paulo Sérgio

Benfica: Vlachodimos, Fredrik Aursnes (Alexander Bah, 90′), António Silva, Morato, Grimaldo, João Neves, Chiquinho (Florentino, 45′), David Neres (Gonçalo Guedes, 86′), Rafa (Tengstedt, 90′), João Mário, Gonçalo Ramos (Musa, 86′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Gilberto, Lucas Veríssimo, Ristic

Treinador: Roger Schmidt

Golos: Grimaldo (4′), Relvas (ag, 28′), Pedrão (38′), Gonçalo Ramos (45′), Musa (87′ e 89′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Chiquinho (32′), a Pedrão (34′), a Seck (74′)

A ideia de que o título conquistado será com muitas lágrimas, muito sangue e muito suor à mistura ficou comprovada no jogo da semana passada contra o Sp. Braga, na Luz, onde Rui Costa festejou o golo de Rafa e a vitória de forma efusiva na tribuna presidencial. Algo que, para Roger Schmidt é normal. “Significa aquilo que é a vontade de todos, dos dirigentes. O sentimento tem sido transversal. Os benfiquistas querem ter sucesso e ficam orgulhosos quando a equipa está bem, em termos de resultados e no que diz respeito ao jogo em si. É o ADN do Benfica. Eles esperam de nós uma boa resposta nos grandes jogos, como foi o caso do duelo frente ao Sp. Braga. Todos nós queremos ser campeões e, naturalmente, o presidente Rui Costa não é exceção”, disse o treinador alemão na antevisão da partida deste sábado.

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Sem contar com Otamendi, que viu o quinto cartão amarelo na jornada anterior e estava castigado, Schmidt lançava Morato ao lado de António Silva no centro da defesa e mantinha a restante equipa — ou seja, prolongando a aposta em Aursnes como lateral direito, em João Neves no meio-campo e em Florentino no banco de suplentes. Do outro lado, num Portimonense tranquilo e já sem possibilidades matemáticas de ser despromovido, Paulo Sérgio tinha Yony González, Yago e Seck no trio ofensivo.

O Benfica entrou a todo o gás, com João Neves a acertar no poste com um pontapé de fora de área ainda nos instantes iniciais (2′) e Grimaldo a abrir o marcador dentro dos primeiros cinco minutos: Aursnes tirou um cruzamento perfeito na direita, à procura do segundo poste, e o lateral espanhol apareceu a desviar para Nakamura defender já dentro da baliza (4′). Os encarnados iam dominando por completo o Portimonense e acumulavam oportunidades desperdiçadas, entre um golo de João Mário que foi anulado por fora de jogo (9′), um remate ao lado de Neres (13′) e um pontapé à trave de Gonçalo Ramos (15′).

Os algarvios começaram a esboçar alguma reação à passagem do quarto de hora inicial, ainda que fosse uma atitude algo permitida pelo recuar de linhas consciente do Benfica, e Yony cabeceou por cima na sequência de um cruzamento na direita (23′). Ainda assim, à meia-hora, apareceu o quase inevitável: João Mário cruzou rasteiro à procura do desvio de Rafa na área e Relvas, numa tentativa de intercetar o lance, colocou a bola na própria baliza (28′).

O Portimonense conseguiu reduzir já perto do intervalo, num lance algo isolado e no primeiro remate enquadrado que fez na partida, com Pedrão a aproveitar uma bola perdida na grande área na sequência de um livre cobrado na direita para surpreender Vlachodimos (38′). Contudo, já em cima do intervalo, o Benfica anulou a redução da desvantagem por parte dos algarvios — Neres conduziu descaído na esquerda, soltou em Gonçalo Ramos e o internacional português tirou um adversário da frente para atirar cruzado, encerrar uma série de sete jogos sem marcar e isolar-se como melhor marcador da Liga (45′).

No fim da primeira parte, o Benfica estava a ter um final de tarde bastante tranquilo e sem grandes sobressaltos. Algo que conquistou por direito próprio, ao surpreender o Portimonense com uma entrada fortíssima e um fluxo de futebol ofensivo que fazia lembrar as exibições dos encarnados no início da temporada, quando as goleadas eram habituais e a conquista do Campeonato começou a ser desenhada. Em sentido oposto, porém, mantinha-se uma ausência de eficácia que originava um acumular pouco saudável de oportunidades desperdiçadas.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Portimonense-Benfica:]

Roger Schmidt mexeu logo ao intervalo e trocou Chiquinho por Florentino, com o Benfica a repetir a entrada da primeira parte e a encostar por completo o Portimonense às cordas. Os encarnados voltaram a colocar a bola no fundo da baliza logo nos instantes iniciais da segunda parte, com Rafa a aproveitar uma defesa incompleta de Nakamura depois de um remate de João Mário (49′), mas o lance foi anulado por fora de jogo do avançado na altura do pontapé do internacional português.

O guarda-redes dos algarvios evitou o bis de Grimaldo com uma boa defesa a um pontapé de longe do espanhol (54′) e o jogo perdeu qualidade e intensidade por volta dessa altura, com o Benfica a manter a superioridade clara mas já sem a mesma assertividade. O Portimonense pouco ou nada conseguia fazer, limitando-se a defender sem qualquer tentativa de criar perigo, e Paulo Sérgio tentou relançar a equipa com as entradas de Sérgio Conceição, Paulo Estrela e Lucas Ventura.

Roger Schmidt só voltou a mexer já dentro dos últimos 10 minutos, lançando Musa e Guedes, e a entrada do croata acabou por carimbar a goleada: marcou na primeira vez em que tocou na bola, finalizando um contra-ataque conduzido por Rafa (87′), e bisou pouco depois na sequência de um erro de Nakamura (90′). No fim, o treinador alemão ainda deu instantes de competição a Bah e Tengstedt, deixando Gilberto no banco durante os 90 minutos.

O Benfica goleou o Portimonense no Algarve e colocou-se a uma única vitória da conquista do Campeonato, podendo assegurar o troféu já na próxima jornada, em Alvalade e contra o Sporting, ou no derradeiro dia da competição, na Luz e perante o Santa Clara. Ou, no cenário mais otimista, já este domingo — se o FC Porto perder no Dragão com o Casa Pia. Num dia em que Grimaldo, Gonçalo Ramos e Musa marcaram, o algarvio João Neves foi o melhor em campo e voltou a mostrar que tem o metro e setenta e quatro de altura que tem vai dar o 38 aos encarnados.

 
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