O sobrinho-neto da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, foi agredido ao final da tarde de segunda-feira depois de uma entrevista do Presidente francês, Emmanuel Macron, ao canal TF1. A imprensa francesa avançou que Jean-Baptiste Trogneux, de 30 anos, foi espancado por um grupo de manifestantes anti-governo ao final da noite, um ataque que já foi condenado pelo casal presidencial.

O jovem estava a  regressar ao seu apartamento quando foi abordado pelos manifestantes. À Agence France-Presse (AFP) o pai, Jean-Alexandre Trogneux, revelou que os agressores atingiram Jean-Baptiste na cabeça, braços e pernas, insultando o Presidente, a sua mulher e família.

Os atacantes terão fugido quando três vizinhos intervieram para socorrer o jovem. A polícia local revelou, entretanto, que deteve oito pessoas depois do ataque, que aconteceu pouco depois das declarações de Emmanuel Macron ao principal canal de televisão francês, por volta das 20h00.

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Na sequência da agressão, Jean-Baptiste Trogneux ficou com duas costelas partidas e foi-lhe detetado um hematoma durante uma análise cerebral, segundo relatou o pai à AFP.

Num comunicado divulgado esta terça-feira a primeira-dama francesa condenou a “cobardia, estupidez e violência” do ataque. “Estou em total solidariedade com a minha família, com que estou em contacto constante desde as 11h de segunda-feira. Já denunciei em várias ocasiões este tipo de violência, que só pode levar ao pior”, sublinhou Brigitte Macron, citada pelo Le Monde. O Presidente francês também já reagiu às notícias, denunciando o ato “inaceitável” e “indescritível”.

O negócio de família Trogneux, que se expandiu para várias zonas no norte de França, tem sido repetidamente um alvo dos manifestantes durante os mandatos de Macron. Os ataques têm surgido face aos rumores de que a família presidencial tem interesses financeiros na empresa, alegações que sempre negaram.

O Presidente francês tem enfrentado uma forte onda de contestação social ao longo dos últimos meses devido à reforma da lei das pensões, que fez subir a idade da reforma. Desde então o país tem sido assolado por greves e protestos marcados por violência.