A polícia e os bombeiros ordenaram esta sexta-feira a retirada da população da costa da Nova Caledónia devido a um alerta de tsunami emitido após um sismo de magnitude 7,7, registado no oceano Pacífico.
Entretanto, as autoridades levantaram o alerta de tsunami.
As sirenes anti-tsunami foram acionadas e a população foi aconselhada a afastar-se da costa, disse à rádio o diretor da proteção civil da Nova Caledónia, o coronel Marchi Leccia.
Um jornalista da agência France-Presse (AFP) testemunhou a retirada de todas as pessoas de uma praia da Nova Caledónia.
Um tremor de magnitude 7,7 na escala de Richter foi detetado por volta das 14h00 (4h00 em Lisboa) a 37 quilómetros de profundidade, perto das ilhas Loyalty e a 333,8 quilómetros a sudeste da costa da Nova Caledónia, anunciou o instituto americano de geofísica (USGS, na sigla em inglês).
https://observador.pt/2023/03/11/japao-assinala-12-anos-de-sismo-tsunami-e-acidente-nuclear-de-fukushima/
Um jornalista da Nova Caledónia disse que “sentiu um forte tremor durante pelo menos 15 a 20 segundos”. O choque foi particularmente sentido em Lifou, nas ilhas Loyalty.
O centro de alerta de tsunamis do Pacífico (PTWC, na sigla inglesa) disse que ondas com menos de meio metro foram medidas em Lenakel, uma cidade portuária em Vanuatu. Ondas menores foram medidas em outros lugares ao largo do arquipélago e da Nova Caledónia. O PTWC disse ainda “ser possível” uma onda de maré num raio de mil quilómetros ao redor do epicentro, nomeadamente ondas de até três metros na República de Vanuatu.
“Com base nos parâmetros preliminares do sismo, ondas perigosas de tsunami são possíveis nas costas dentro de mil quilómetros do epicentro do sismo”, disse o PTWC em comunicado.
O centro apelou aos habitantes das áreas costeiras ameaçadas para permanecerem vigilantes.
https://observador.pt/2023/03/16/alerta-de-tsunami-emitido-apos-sismo-de-magnitude-7-atingir-nova-zelandia/
A Nova Caledónia e Vanuatu situam-se no denominado “anel de fogo” do Pacífico, zona de grande atividade sísmica e vulcânica, onde são registados cerca de 7 mil terramotos a cada ano, a maioria deles moderados.