A associação ambientalista Quercus responsabilizou nesta segunda-feira, Dia Internacional da Biodiversidade, as “políticas públicas” pelo “abate indiscriminado de árvores” em Portugal, defendendo apoios a “boas práticas” na gestão do território, produção florestal e agropecuária.
Em comunicado, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza refere que “as políticas públicas em vários setores têm intensificado o arboricídio no país”, enumerando como “principais causas de destruição de ecossistemas e do abate indiscriminado de árvores” a expansão urbana e de empreendimentos turísticos, a agricultura intensiva, a construção de barragens e estradas e “critérios desadequados de desmatação generalizada, como a alegada prevenção de fogos rurais”.
A organização considera que, face à escassez de água, deve ser privilegiada a plantação de espécies autóctones, “naturalmente mais resistentes à seca”, e haver “apoios públicos significativos” à aplicação de “boas práticas próximas da natureza em setores produtivos, designadamente na agropecuária e produção florestal, bem como na gestão do território”.
Associações protestam contra abate de árvores na obra do Plano de Drenagem de Lisboa
A Quercus volta a contestar uma série de obras e projetos, pedindo a sua suspensão, como centrais fotovoltaicas de grandes dimensões em “áreas sensíveis”, como “zonas de escassez hídrica”, a barragem do Pisão, empreendimentos turístico-imobiliários em áreas protegidas, como a Costa Vicentina, novas monoculturas agrícolas, como as de eucalipto, estradas “sem fundamentação criteriosa e avaliação adequada” e projetos de urbanização “a 500 metros da linha de costa”.