Era um encontro que podia decidir o título, era um encontro que João Pinheiro não iria esquecer qualquer que fosse o desfecho. Aos 35 anos, o árbitro da Associação de Futebol de Braga foi o nomeado para fazer o seu primeiro dérbi enquanto árbitro do escalão principal, numa temporada em que chegou ao 40.º encontro entre as provas nacionais, Liga dos Campeões, Liga Europa e experiências na Arábia Saudita, no Chipre e na Grécia. E se a partida até começou de uma forma “fácil” para dirigir, o final acabou por ser mais polémico.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no “Sem Falta” da Rádio Observador]
Na segunda parte, os jogadores e o banco do Benfica ficaram a pedir de forma expressiva uma falta de Manu Ugarte sobre Bah na área, num lance que foi revisto pelo VAR (Hugo Miguel, da Associação de Futebol de Lisboa) mas que não teve indicação para inversão de decisão. Nos descontos, João Neves conseguiu fazer o 2-2 no quarto minuto de compensação numa insistência na área perante a incapacidade que o Sporting revelou em tirar a bola da zona de perigo numa jogada que começou com os leões a pedirem uma falta de Florentino Luís sobre Coates (beneficiando até de uma posição mais adiantada após bola parada).
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Num jogo que teve apenas quatro cartões amarelos, sendo que apenas um foi exibido na primeira parte (a António Silva), houve ainda mais três lances que motivaram protestos em Alvalade: Morita tocou a bola com a mão na área após um cruzamento da esquerda em cima do intervalo? Paulinho fez mesmo falta sobre Grimaldo num lance em que ficava numa posição favorável para visar a baliza de Vlachodimos? Chiquinho merecia mais do que um cartão amarelo por uma entrada em que pisou Manuel Ugarte?