Nove arguidos acusados de controlar a introdução e a comercialização de droga na ilha do Porto Santo, na Madeira, remeteram-se esta quinta-feira ao silêncio na primeira sessão do julgamento, no Funchal.

No Tribunal da Comarca da Madeira estiveram presentes seis arguidos, enquanto outros três assistiram ao julgamento por videoconferência a partir do Porto Santo, alegando falta de recursos financeiros para se deslocarem à Madeira.

Os nove arguidos — oito homens e uma mulher — não quiseram falar perante o tribunal, tendo alguns deles remetido eventuais declarações para próximas audiências.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), os arguidos definiram um plano para “controlar a introdução e comercialização de produtos estupefacientes no Porto Santo, vedando o acesso a possíveis vendedores de fora da ilha, tendo cada um dos arguidos um grupo definido de consumidores” das drogas que o grupo vendia (cocaína, heroína, haxixe e anfetaminas).

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As detenções e apreensões de droga ocorreram em diferentes momentos, entre os anos 2020 e 2022.

Dos nove arguidos, três estão em prisão preventiva e um em prisão domiciliária.

A venda da droga era feita na via pública, em locais previamente combinados, e em espaços comerciais e de diverção noturna da ilha do Porto Santo, indicou a presidente do coletivo de juízes, Teresa de Sousa, durante a leitura da acusação.

Os nove arguidos estão acusados do crime de tráfico de droga, sendo que acresce a um deles a imputação do crime de emissão de moeda falsa para ser colocada em circulação.