O antigo Presidente brasileiro de centro-direita Fernando Collor de Mello (1990-1992) foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção e branqueamento de capitais, no âmbito do escândalo Lava Jato.

Oito dos dez juízes pronunciaram-se a favor da condenação. O juiz relator do processo, Edson Fachin, sugeriu uma pena de 33 anos de prisão, mas esta só será anunciada a 31 de maio.

Primeiro chefe de Estado a ser eleito por sufrágio universal direto após a ditadura militar, Collor, de 73 anos, é acusado de receber 20 milhões de reais (cerca de 3,8 milhões de euros) em subornos entre 2010 e 2014, quando era senador.

Collor de Melo acusado de 30 crimes de corrupção e 376 de lavagem de dinheiro

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Fachin considerou que o antigo Presidente usou a “influência política para facilitar a assinatura de contratos”.

De acordo com o Ministério Público, cerca de 40 pagamentos foram feitos para “facilitar irregularmente” a assinatura desses contratos entre uma empresa de construção e uma subsidiária da empresa petrolífera estatal Petrobras.

A defesa refutou todas as acusações.

A investigação foi aberta no âmbito do escândalo Lava Jato, que abalou o Brasil a partir de 2014.

Collor de Mello governou o Brasil entre 1990 e 1992, quando renunciou no momento em que o Congresso do país se preparava para concluir um processo de destituição por corrupção passiva, acusação da qual seria posteriormente absolvido pela Justiça.

PGR denuncia ex-Presidente brasileiro Collor de Mello em processo da Lava Jato

Regressou à política em 2006, sendo eleito senador por Alagoas (nordeste), cargo que ocupou até ao final do ano passado.