O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse esta terça-feira que nos primeiros três dias da greve dos tripulantes de cabine da easyJet foram cancelados 224 voos, segundo um comunicado.

De acordo com a estrutura sindical, que convocou uma greve que cumpre esta terça-feira o terceiro dia, depois de paralisações a 26 e 28 de maio, “nestes três dias de greve foram já cancelados 224 voos, tendo sido efetuado apenas 1 voo” no dia 26 maio “que foi tripulado por chefias da easyJet que têm licença para voar”.

O SNPVAC disse depois que, “excluindo esse voo, em que a tripulação dos aviões é composta por chefias da easyJet com licença para voar, a greve tem tido uma adesão de 100% dos tripulantes”.

De acordo com a estrutura sindical, no dia 26 de maio foram cancelados 74 voos, no dia 28 não se realizaram 72 e esta terça-feira foram cancelados 78.

“O SNPVAC está plenamente convicto” de que nos “dias que restam da greve dos tripulantes da easyJet que se estendem pelos próximos dias 1 e 3 de junho a adesão será igualmente de 100%, saindo apenas os voos que foram definidos como serviços mínimos pelo Ministério das Infraestruturas”, rematou.

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A easyJet, por sua vez, disse esta terça-feira que é de 60% a adesão ao terceiro dia de greve dos tripulantes de cabine, um número que contrasta com os do sindicato, que referiu de manhã uma adesão de 100%.

Em comunicado de imprensa pelas 12h20 (hora de Lisboa), a easyJet indica que registou “até ao momento um impacto de 60%, ou seja, 40% dos tripulantes apresentaram-se ao serviço”. No caso do aeroporto de Faro, diz que a adesão foi de 40%.

A empresa diz que “este número é relativo aos tripulantes portugueses escalados para os voos — que o SNPVAC tem referido como cancelados — a quem foi atribuído trabalho no escritório”. Já segundo o SNPVAC num balanço ao início da manhã, é de 100% a adesão à greve.

Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC disse que “a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados”.