“O Conselho de Ministros não tomou nenhuma decisão em relação à Efacec”, garantiu Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência que ainda acrescentou: “nem constava da agenda”.

Assim fica mais uma vez adiado o anúncio sobre a escolha do candidato para a compra da empresa da Maia, no processo de privatização que se prolonga.

Entregaram propostas vinculativas quatro candidatos. Mutares, Oxy, Oaktree e o consórcio Visabeira/Sodecia. Segundo noticiou esta quinta-feira o Eco, a Mutares terá sido a escolhida do Governo para avançar, mas a decisão ainda não terá sido tomada. Segundo o Eco, a proposta da Mutares implicaria um plano de reestruturação, com perdão de dívida bancária e obrigacionista e reestruturação de negócio e redução de trabalhadores.

Mas afinal ainda não foi desta que o processo avançou. Esta quinta-feira, numa entrevista ao Público, António Costa Silva, ministro da Economia, revelou que a decisão seria tomada “em breve, porque as condições estão todas a ser reunidas para o Conselho de Ministros apreciar e tomar uma decisão. Estão quatro propostas sob análise”. Mas mais não disse.

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Como explicou Nuno Terras Marques, presidente da Visabeira, ao Observador, a empresa não consegue contabilizar quanto é que terá de ser injetado na Efacec pelo novo acionista, nem quanto eventualmente o Estado pode perder, porque “tudo tem a ver com o momento. Aquilo que era há um mês é diferente deste mês”.

É que a cada dia que passa a situação financeira da Efacec vai, nas suas palavras, ficando mais difícil. “Está ligada às máquinas”, assumindo que “a empresa está numa situação extremamente debilitada”.

Concorrer à Efacec é um favor? “Não. É um interesse estratégico empresarial da Visabeira” que teme pela empresa. “Está ligada às máquinas”

Em 2022, a Efacec custou, segundo contabilização do INE, às contas públicas 159 milhões de euros.

Brilharete confirmado. Défice de 2022 ficou nos 0,4%