A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo (de particulares) superou a fasquia dos 1% pela primeira vez em oito anos. Está em 1,03%, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. Já do lado do crédito, os volumes de novos financiamentos à economia continuam a cair.

“Em abril, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou de 0,90% para 1,03%, ultrapassando 1% pela primeira vez desde março de 2015”, diz o Banco de Portugal.

Os novos depósitos com prazo até 1 ano foram remunerados, em média, a 0,95% (0,88% em março). A remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos foi de 1,29% (1,12% em março) e a dos novos depósitos acima de 2 anos foi de 1,12% (0,79% em março)”, segundo o supervisor financeiro.

Fonte: Banco de Portugal

Bancos dão cada vez menos crédito, de todos os tipos

Os dados do Banco de Portugal apontam, também, que em abril as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 1.793 milhões de euros, menos 730 milhões do que em março. “Esta diminuição foi transversal a todas as finalidades — habitação, consumo e outros fins —, refletindo um menor dinamismo do mercado de crédito relativamente ao observado nos meses anteriores”, diz o supervisor financeiro.

Recorde-se que as novas operações de empréstimos incluem novos empréstimos, transferências de empréstimos entre bancos e renegociações não associadas a situações de incumprimento.

“As taxas de juro médias dos novos empréstimos aumentaram em todas as finalidades: na habitação, subiram de 3,86% em março para 3,97% em abril; no consumo, de 8,43% para 8,69%, e, nos outros fins, de 5,04% para 5,18%”, indica o Banco de Portugal, acrescentando que “as taxas associadas ao crédito ao consumo e a outros fins foram as mais elevadas dos últimos oito anos”.

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