A província angolana da Huíla regista esta terça-feira uma paralisação dos serviços de táxi, devido à subida do preço da gasolina e a polícia está a tentar conter a situação, soube a Lusa de fonte policial.
O comandante municipal do Lubango da Polícia Nacional, Fernando Hamueyla, remeteu detalhes para mais tarde: “Estamos aqui a conter as pessoas e preciso de me concentrar nisso, podemos falar mais tarde”, referiu.
Nas redes sociais estão a ser partilhados vídeos com as paragens de táxis lotadas, taxistas parados e moto taxistas em manifestação, um dos quais um autocarro com os pneus a arderem, na localidade de Nambambe, Lubango, capital da província da Huíla.
![autocarro a arder numa greve de taxistas na HuÃla, Luanda, 5.06.2023](https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/rs:fill:560/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2023/06/07125136/captura-de-ecra-2023-06-07-as-125106.jpg)
Imagem retirada de um vídeo que mostra autocarro a arder na Huíla
Uma convocatória de grupos da sociedade civil da Huíla, divulgada nas redes sociais, dá conta que haverá no dia 10 de junho uma marcha contra a subida do preço do combustível e contra a proposta de lei que visa controlar o funcionamento das Organizações Não-Governamentais.
Na quinta-feira, o Governo angolano anunciou a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, mas isentando taxistas, moto taxistas, pescas e agricultura o que levou a um protesto no Huambo na terça-feira em que morreram pelo menos 5 pessoas e 8 ficaram feridas.
Confronto entre taxistas e polícia angolana no Huambo causa cinco mortos e oito feridos
Aos taxistas e moto taxistas, embarcações de pesca artesanal licenciados, o Governo prometeu a entrega de cartões personalizados, com um plafond diário de 7.000 kwanzas (11,3 euros), que cobrirá o diferencial entre os 160 kwanzas (0,25 euros) o litro da gasolina e os atuais 300 kwanzas (0,48 euros) o litro da gasolina.
Segundo o Governo, a isenção a esta classe e a não alteração do preço do gasóleo visou proteger as famílias e a subida de preços da cesta básica, bem como permitir melhorias sociais.